quarta-feira, 9 de dezembro de 2009

A PERERECA DA VIZINHA EM UMA SEMANA

Terça-feira, Dezembro 08, 2009
Parsifal Pontes confirma “terceiro turno” em Belém


Em postagem sob o título “Terceiro Turno”, o deputado estadual Parsifal Pontes, líder do PMDB na Assembléia Legislativa, confirma a possibilidade de um novo segundo turno em Belém, dessa feita entre José Priante e Mário Cardoso, caso seja mantida a cassação de Duciomar Costa.

Mas o deputado também sustenta: se a liminar obtida por Duciomar for cassada, Priante tem de assumir a Prefeitura, já que foi isso o que determinou a sentença judicial.

Parsifal observa, ainda, que o novo segundo turno só poderá ser marcado pelo Tribunal Regional Eleitoral (TRE) após decisão final do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) sobre a matéria – o que, com todo o respeito ao deputado, a Perereca suspeita que só acontecerá lá pras bandas de 2014...

Leia aqui um pedaço do post de Parsifal Pontes em seu delicioso blog:


“Terceiro turno

Em postagem intitulada, “Sem novo pleito”, posicionei-me não ser possível nova eleição em Belém, como anunciavam alguns precipitados manifestantes.

A Consulta TSE 1657/PI, veda a marcação de nova eleição pelo Tribunal Regional Eleitoral, enquanto recurso contra a sentença que cassou mandato não tenha sido julgado definitivamente pelo TSE.

Como havia uma sentença com carga coercitiva imediata, não se poderia falar em nova eleição, mas em posse do segundo colocado, como determinava a prolação.
Recebi comentário, assinado por “Weber de Tucuruí”, no qual há a afirmação de que, com base na mesma consulta já citada, poderá haver novo segundo turno em Belém, entre Priante e Mario Cardoso.

O comentário tem procedência: caso o TSE, em grau de recurso, mantenha a sentença do Dr. Sérgio Lima, por força do entendimento da consulta TSE 1657/PI, o TRE deverá marcar data para novo segundo turno.

O entendimento do TSE é que os votos anulados por decisão judicial do candidato eleito no segundo turno são excluídos do universo dos votos válidos no primeiro turno.

Com o novo cálculo deve-se observar se o segundo colocado obteve a maioria absoluta dos votos válidos no primeiro escrutínio, caso a resposta seja positiva, o mesmo deve ser proclamado eleito.



Em caso negativo, deve-se proceder a um novo segundo turno com a participação dos dois candidatos mais votados no primeiro.”



Segunda-feira, Dezembro 07, 2009
A cassação de Dudu: Mário e Priante podem disputar 2º turno

Recebi dois comentários muito interessantes na postagem “Ave, Jader! Os que vão morrer te saúdam!”


Vou colocá-los na Berlinda.


Já li no Bacana, no Espaço Aberto e no portal das ORM que saiu a liminar mantendo Duciomar no cargo.


A liminar, vale salientar, não anula a cassação: apenas suspende os efeitos dela, até o julgamento do recurso que deve ser protocolado na quinta-feira pelos advogados de Duciomar – devido ao feriado, só na quarta-feira é que a sentença de cassação será publicada no diário oficial impresso.


Além disso, também cabe recurso contra a liminar.


Não deixem de ler os dois comentários que recebi.


Vou checar amanhã o que há de verdadeiro na hipótese que levantam: a de que, mantida a cassação de Duciomar, teria de ser realizado novo segundo turno em Belém, dessa feita com José Priante e Mário Cardoso.


Eis os comentários:



"Folha de Tucuruí disse...


De acordo com a Consulta 1657/PI e levando em conta que nenhum candidato obteve mais de 50% dos votos válidos no primeiro turno, e que após a recontagem e a anulação dos votos do Dulciomar nenhum candidato terá mais de 50% dos votos válidos, acreditamos que haverá novo segundo turno ("terceiro turno"), que será disputado pelo segundo e terceiro lugar no primeiro turno: Priante (PMDB) e Mário (PT). Leiam a orientação do TSE e a matéria completa no link: http://folhadetucurui.blogspot.com/2009/12/resultado-da-eleicao-em-belem-em.html


"weber Tucurui disse...
Sabe o por que do silêncio do PT em relação a cassação de DUCIOMAR, não?


Então entenda! Se já era preocupante pro DUDU o interesse do PMDB, imaginem agora com o PT também de olho na PMB.


CANDIDATO Nº VOTOS DUDU CASSADO
Duciomar Costa (PTB) 255.525 35,15% 0%
Priante (PMDB) 138.379 19,03% 29,35%
Mário (PT) 131.670 18,11% 27,93%
Valéria (DEM) 96.954 13,34% 20,56%
Arnaldo Jordy (PPS) 83.520 11,49% 17,71%
Marinor Brito (PSOL) 14.750 2,03% 3,13%
Delegado João Moraes (PSL) 6.218 0,86% 1,32%
TOTAL GERAL 727.016 100% 100%



Síntese: Duciomar cassado, haverá novo 2º turno entre Prof. Mario x Priante tendo em vista que anulados os votos de Dudu nem um outro obteve maioria absoluta.

Observe:


Presidente do TSE encaminha orientação sobre votos nulos aos Tribunais Regionais Eleitorais

O presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), ministro Carlos Ayres Britto, encaminhou ofício circular aos Tribunais Regionais Eleitorais de todo o país sobre a consulta julgada na Corte que orienta sobre votos nulos e anulados nas eleições.


A Consulta foi originada pelo TRE do Piauí e o seu julgamento definiu importantes orientações sobre os votos nulos e anulados de uma eleição e também sobre as situações em que a junta eleitoral deve proclamar eleito o candidato que obtiver a maioria dos votos válidos.


O ministro já havia encaminhado uma orientação inicial na semana passada sobre as primeiras definições, mas, depois de concluído o julgamento, mandou um novo ofício com as informações completas.


Em seu despacho, ele solicita aos presidentes dos TREs que repassem "com toda brevidade possível" o ofício aos juízes eleitorais para que sigam as orientações nela constantes.


TRIBUNAL SUPERIOR ELEITORAL


Ofício Circular nº 7739 Brasília/DF, 19 de dezembro de 2008.
Referência: Consulta 1657/PI


Excelentíssimo Senhor Presidente,

Venho à presença de Vossa Excelência noticiar-lhe que, na sessão plenária de hoje, foi concluído o julgamento da Consulta 1657/PI, havendo sido assentadas mais algumas diretrizes que, para além daquelas já noticiadas no Ofício Circular nº 7594, deverão ser observadas pelos Juízos Eleitorais no corrente pleito municipal:


1) A cassação do registro de candidato que disputou segundo turno retroage seus efeitos até o primeiro turno. Em tal hipótese, deverá a junta eleitoral, após pronunciamento colegiado do Tribunal Superior Eleitoral em recurso especial eleitoral e independentemente de outros pronunciamentos ou da respectiva publicação do acórdão, proceder ao recálculo dos votos do primeiro turno de votações, considerada a nulidade dos votos conferidos a candidato sem registro (CE, § 3º do art. 175).


1.1) Se, com esse recálculo, algum dos candidatos já houver obtido a maioria absoluta dos votos válidos em primeiro escrutínio, então deve ele ser proclamado eleito;

1.2) Se, com o recálculo, nenhum dos candidatos houver obtido maioria absoluta dos sufrágios em primeiro turno, deve-se proceder a um novo segundo turno.


2) Se mais de 50% dos votos houver sido conferido a candidato(s) sem registro de candidatura, ainda que este indeferimento esteja sub judice, deve a Junta Eleitoral, tão logo o indeferimento de registro seja confirmado pelo colegiado do Tribunal Superior Eleitoral em recurso de sua competência, julgar prejudicadas as demais votações e comunicar imediatamente ao Tribunal Regional Eleitoral, para que este marque novas eleições no prazo de 20 a 40 dias (CE, art. 224).


3) Nesta hipótese, caberá ao Presidente da Câmara Municipal assumir o cargo de Prefeito, até que sejam realizadas e apuradas as novas eleições.


Peço-lhe a gentileza de encaminhar com toda brevidade aos Senhores Juízes Eleitorais o teor da presente comunicação, para que sigam as orientações nela constantes.


Nesta oportunidade, renovo a Vossa Excelência o testemunho da minha mais elevada consideração.


Cordialmente;


Ministro CARLOS AYRES BRITTO
PRESIDENTE



Ave, Jader! Os que vão morrer te saúdam!

A ascensão do ex-deputado José Priante à Prefeitura de Belém, se de fato se concretizar – e há boas chances de que isso aconteça – atingirá o tabuleiro político de 2010 com a força de um vendaval.


Ela inflará a musculatura do PMDB, que, além do enorme poder que já acumula no interior do estado, passará a controlar as duas maiores cidades da Região Metropolitana.

Além disso, reduzirá a cinzas o bloco PTB/PR, que vinha sendo esgrimido como um contraponto ao poderio do PMDB.

Também vai turbinar ainda mais a capacidade financeira do grupo de comunicação dos Barbalho, cujo poder de fogo já é de administração complicadíssima pelo Poder Público, em qualquer esfera.

É verdade que Priante tem luz e interesses próprios, nem sempre coincidentes com os do cacique do PMDB, Jader Barbalho.

Mas, é improvável que Priante se imagine capaz de prescindir do poder de seu primo Jader, até porque isso poderia deixá-lo isolado – e sujeito, portanto, a uma queda ainda mais rápida que a de Duciomar.

Jovem, inteligente e com longos anos de política, Priante sabe muito bem que a sua hora chegará.

Até porque Jader não deixará herdeiros a sua altura. E o PMDB paraense, no vácuo aberto quando Jader se for, tenderá a abraçar aquele que lhe der provas da qualidade que mais aprendeu a apreciar: a lealdade.

O fortalecimento do PMDB, nos moldes que se afigura com a conquista da Prefeitura de Belém, não apenas limpará, e muito, o caminho de Jader, caso ele queira se candidatar ao Senado Federal.

Na verdade, esse fortalecimento dará a Jader chances reais de vitória, numa eventual disputa pelo Governo do Estado, no ano que vem.

Só Belém, à partida, já representa a influência sobre quase 25% do eleitorado.

Só o caixa de Belém já tem possibilidade de garantir boa parte dos recursos de campanha – até porque para utilização em promessas e propaganda, e não em obras.

E o grupo de comunicação dos Maiorana, se já está combalido, mais combalido ficará sem as verbas de propaganda da Prefeitura, permitindo que os veículos de comunicação dos Barbalho estabeleçam quase que um monólogo com a população.

Fracionado e sem dinheiro, o PSDB não terá chances de fazer frente a Jader – e, num quadro como esse, é provável que seja Jader, e não Jatene, a passar para o segundo turno.

E, num embate entre Jader e Ana Júlia, para quem penderá o PSDB, que, sabe-se lá por que doidice, resolveu eleger o PT como o inimigo principal?

Para quem penderão os caciques dos grandes partidos paraenses, muitos deles com interesses convergentes aos dos grandes latifundiários e a tudo o que de mais atrasado existe no Brasil e no Pará?

Para quem penderá a população paraense, ludibriada por uma propaganda maciça e sem contraponto?

A ascensão de Priante, em verdade, concretiza o pesadelo da concentração de poder que a população de Belém buscou afastar, no ano passado, ao votar maciçamente em Duciomar, no segundo turno – apesar de saber quem ele é...

O “povo”, que muitos acreditam “despreparado”, deu, em verdade, uma lição de política aos agentes políticos paraenses, ao decidir, pragmaticamente, pelo menos pior.

Mas, os nossos agentes políticos, que se julgam tão sábios, dificilmente, ao que se percebe, terão a maturidade política do “cidadão comum” de Belém.

É improvável, por exemplo, que Ana e o PT consigam convencer os petistas de Belém acerca do perigo que representa a ascensão de Priante.

E é improvável, também, que o PSDB e seus tão brilhantes intelectuais consigam antever as resultantes desse troca-troca, até pelo ânimo de encarar a disputa pelo governo como mera partida futebolística - e não como o embate entre as forças societárias mais avançadas e as mais retrógradas.

Daí o silêncio desse grande feiticeiro chamado Jader Barbalho: ele já consultou as estrelas e previu o futuro. E não quer espantar os aliados que só conseguem enxergar o mundinho da PMB.


Jader, além do enorme talento que possui, é um sujeito bafejado pela “Fortuna”.
Dessa vez, a “Fortuna” agiu pelas mãos daquele que é, talvez, o mais brilhante especialista em direito eleitoral de nosso tempo: Inocêncio Mártires.

Inocêncio que, há dez ou quinze anos, já defendia, com solidez, uma tese que o Supremo Tribunal Federal só abraçaria em 2007: a de que os mandatos pertencem, em verdade, aos partidos políticos.


Agiu a “Fortuna” em favor de Jader, também, ao colocar-lhe como pedra no caminho um sujeito como Duciomar, que nenhum cidadão, com um mínimo de discernimento, se disporia a defender abertamente.


Agiu a “Fortuna” em favor de Jader até mesmo ao colocar-lhe como possível adversário no segundo turno das eleições ao Governo um partido democrático – e a Democracia, numa guerra, é sempre bem menos eficaz que a centralização autoritária e personalista.


Pelas “cozinhanças” de Inocêncio e do Ministério Público, um com a técnica, o “remédio adequado”; o outro com a produção robusta de provas, é bem provável que Duciomar seja, de fato, afastado da PMB.

O que pode acontecer já nesta semana, ou, daqui a alguns meses, mas, ainda no curso das eleições de 2010.

Porque essa não será, apenas, uma guerra de liminares e de recursos judiciais, mas, um vale-tudo, de vida ou morte.


É o caso de se dizer: nunca uma medida judicial foi tão ansiada pela população de Belém – o afastamento de Duciomar.

Mas, nunca uma sentença judicial terá tido, também, efeitos tão potencialmente nocivos para os interesses gerais do estado do Pará.


Tal sentença, que só golpismo e otras cositas mas poderão afastar, é um verdadeiro desafio a todos os que acreditamos na Democracia.


Pela ilegitimidade real de Priante, para governar uma cidade que só lhe deu 40% dos votos válidos, contra os 60% de seu opositor.

Pelo atraso e pelos males que, como já visto, efetivamente trará.


E pela certeza de que, fora da Lei; fora desse acordo jurídico da sociedade, a alternativa possível é tão somente a barbárie...


É um triste momento para o estado Pará e para todas as forças políticas, que, há 15 anos, têm buscado resgatá-lo de seu histórico atraso.


E, quem sabe, também a merecida lição aos tucanos e petistas paraenses.


Por tudo isso, a Perereca vai terminar este post com uma saudação bem romana: Ave, Jader! Os que vão morrer te saúdam!


Apenas para lembrar a uns poucos, que também sabem consultar as estrelas, o que de fato nos espera.


FUUUIIIIIII!!!!!!



..............



Estou toda enrolada, tentando pagar algumas contas.


Por isso, este blog só será atualizado à noite ou de madrugada.


Peço desculpas aos leitores, mas, tem de ser assim.


À noite, vou me informar sobre toda essa balbúrdia, especialmente por alguns blogs, como é o caso do Espaço Aberto e do Bacana.


Mas, volto à noite ou de madrugada, para tentar pensar com vocês um pouquinho dessas informações.


Pra vocês! E pra todos os jogadores de 2010.


Sexta-feira, Dezembro 04, 2009
A cassação de Duciomar 2
“A presente condenação possui efeito imediato considerando que os recursos eleitorais não têm eficácia suspensiva (Código Eleitoral , artigo 257) pelo que DETERMINO a diplomação dos candidatos JOSÉ BENITO PRIANTE JUNIOR e JOSÉ WILSON COSTA ARAÚJO, que obtiveram a segunda colocação no pleito, oficiando-se à Câmara Municipal de Belém para que dê posse aos mesmos, nos cargos de Prefeito e Vice-Prefeito do município de Belém”.


Taí o trecho final – ou o “dispositivo” – da sentença do juiz Sérgio Augusto Andrade Lima, da 98ª Zona Eleitoral, que cassou o prefeito de Belém Duciomar Costa.


Como o leitor pode perceber, a determinação é clara quanto à diplomação e posse de José Priante.


O juiz, aliás, observa que recursos eleitorais não têm eficácia suspensiva.


No caso, isso quer dizer que Dudu pode recorrer da sentença, mas, fora do cargo.


E, com uma lei tão clara, só muita “visagem” e “assombração” para manter Dudu prefeito depois dessa sentença


Mas, não tá escape que muito veículo de comunicação tente apelar para isso...



........



Ainda nem comi. Dormi de manhã escrevendo e editando a matéria do rolo tucano logo abaixo. Fui acordada por volta das 13 horas pelo telefonema de um amigo que me avisava da cassação do Dudu.


Tô com a sentença em mãos, mas não sei postá-la na internet. E, sinceramente, nem tenho cabeça para ler isso agora.


Por isso, peço a compreensão dos leitores.


Volto mais tarde, depois de comer, ler a sentença (28 páginas) e entrevistar algumas pessoas.



A cassação de Duciomar
A cassação do prefeito de Belém, Duciomar Costa, só produzirá efeitos a partir de sua publicação em diário oficial, o que, devido ao feriado, deve ocorrer apenas na quarta-feira.


A sentença é de primeira instância, do juiz da 98ª Zona, e cabe recurso ao Tribunal Regional Eleitoral (TRE).


Os advogados de Duciomar podem até sair correndo atrás de uma liminar, o que provavelmente farão.


Mas, como os efeitos das decisões eleitorais são imediatos, ele deve ser afastado do cargo na data da publicação da sentença, junto com seu vice, diz-me o advogado João Eudes de Carvalho Neri, do escritório de Inocêncio Mártires, o autor do processo judicial que resultou nessa cassação.


E deve assumir o cargo o presidente da Câmara, até a diplomação e posse do segundo colocado nas eleições à Prefeitura de Belém no ano passado, José Priante, do PMDB.




Um rolo sem fim
Tucanos trocam bicadas e
confusão toma conta do PSDB

É uma barafunda que não tem por onde se lhe pegue.

Na noite de ontem, o líder do PSDB na Assembléia Legislativa, José Megale, reafirmou ao blog tudo o que disse na tribuna da Casa, na última terça-feira: que a direção nacional do partido já escolheu o ex-governador Simão Jatene para disputar as próximas eleições ao Palácio dos Despachos.


“A nossa posição continua a mesma. Não retiro, nem acrescento nada. Foi a verdade posta na tribuna”, disse Megale ao blog.


Naquela fatídica terça-feira, Megale afirmou, para quem quisesse ouvir, que a Executiva Nacional do partido até chamou Jatene a Brasília, na quinta-feira passada, para comunicar a decisão


O problema é que dois integrantes da direção nacional do PSDB, os senadores Tasso Jereissati e Arthur Virgílio, desautorizaram as declarações de Megale e reafirmaram a indefinição tucana.


O desmentido de Tasso e Virgílio, estampado no jornal Diário do Pará de ontem, provocou até uma reunião da bancada estadual do PSDB com Simão Jatene, para discutir a confusão.


Pior: enquanto Megale reafirmava ao blog o que dissera na tribuna, outro dirigente tucano, o senador Fernando Flexa Ribeiro, presidente regional do partido, acabaria por desmenti-lo novamente.


Flexa reafirmou tudo o que já dissera ao blog, na última terça-feira. Ou seja, que ainda não existe posição oficial do partido, nem a nível local, nem a nível nacional, quanto à candidatura tucana ao Governo do Pará.



E se você, caro leitor, acha que tudo isso já está muito confuso, preste atenção porque vai ficar ainda pior.



Deputada recua e desmente blog



Na noite de ontem, o blog também conversou com outros cinco deputados estaduais.


Dois deles – Suleima Pegado e André Dias – foram enfáticos na defesa de Megale e na afirmação de que a direção nacional do partido já bateu, sim, o martelo em favor de Jatene.


“Ele (Megale) falou em nome da bancada estadual e apenas reproduziu o que a bancada ouviu do presidente do partido” - disse Suleima.


Segundo ela, a decisão ocorreu numa reunião em Brasília, ao que parece na terça-feira da semana passada, na qual estiveram presentes, além de Jatene, os senadores Sérgio Guerra e Fernando Flexa Ribeiro – o primeiro, presidente nacional do PSDB - e o senador Mário Couto, que também postula a candidatura tucana ao Governo Estadual.


“Nessa reunião foi colocado que tinha de haver um entendimento entre os dois. Eles conversaram e ficou definido que Mário retiraria a candidatura e apoiaria Jatene. O Flexa foi quem comunicou pra nós essa conversa”, contou.


“O Megale falou o que estava autorizado a falar pela bancada e o que era do conhecimento dele por duas fontes diferentes: o Flexa e a imprensa nacional. E o fato maior é que a Folha de São Paulo publicou uma nota sobre isso, na sexta-feira, na coluna Painel e o Tasso e o Virgílio não questionaram isso”, ecoou André Dias.

Antes, ele já havia contado ao blog que a decisão nacional foi comunicada por Flexa à bancada, através de Megale.

Da mesma forma que André, também Suleima repetiu essa história duas ao blog.

O problema é que Flexa garante que jamais disse isso.

E, diante da irritação do senador, Suleima acabou por desmentir a história.


Uma noite quente e enrolada.


Ainda na tumultuada noite de ontem, entrei em contato com a Assessoria do senador Flexa Ribeiro, para ouvi-lo acerca das declarações dos deputados.

Foi-me solicitado que ligasse para ele daí a meia hora, ou seja, por volta das 22h30.

Quando telefonei, Flexa se encontrava na casa de Megale, para onde se dirigira ao saber do tema da entrevista.


Diante de Megale (e Flexa fez questão de dizer que falava na frente dele), o senador negou toda a história – quer dizer, que tivesse afirmado que a direção nacional do PSDB bateu o martelo em favor de Jatene.


Flexa disse, também, que Megale negou ter me dito alguma coisa nesse sentido.


Consultei meus alfarrábios e informei ao senador que, de fato, Megale apenas reafirmara o que dissera na tribuna da AL e que a informação sobre a decisão nacional partira de Suleima Pegado.


Flexa ligou de outro telefone para Suleima e disse que ela afirmara que não me dissera nada disso.


Ele, então, passou a reproduzir para ela a conversa que tiveram há alguns dias e permitiu que eu, no outro telefone, escutasse o que falava.


“Eu lhe disse que teve a reunião (entre Jatene e Mário Couto, em Brasília), que os dois conversaram, mas, que não tinham fechado. E que a nacional não fecharia nada sem ouvir o Almir, sem falar com o Almir. Aí, você me perguntou se eles poderiam chegar a um entendimento. E eu disse que sim”, repetiu Flexa a Suleima, ao telefone.


Depois, Flexa me pediu que desligasse, aguardasse alguns minutos, ligasse para a deputada e depois voltasse a ligar para ele.

Fiz o que ele pediu. Mas, a conversa com Suleima não foi muito agradável.

Em suma, ela afirmou que o que Flexa lhe disse, e que ela me relatou, acerca da reunião de Brasília, é que “estava havendo um entendimento para a unidade partidária e que havia toda a possibilidade de se chegar a um consenso”.

Interrompi várias vezes a deputada, para lembrar-lhe de que não me dissera nada disso.

Suleima chegou a dizer que possui testemunhas da nossa conversa ao telefone.

E, ao final, aparentemente irritada por não conseguir me convencer, afirmou: “coloque o que quiser, a responsabilidade é sua. Não sou moleca e não tenho mais nada para lhe dizer”.


Um Megale também pra lá de irritado

Voltei a ligar para Flexa e ele reafirmou o que me dissera: “Em nenhum momento falei algo a mais do que eu já te disse. Houve a reunião, eles começaram a conversar, avançaram, mas, não fecharam”.


E disse também: “A Suleima foi a única pessoa que ouviu de mim alguma coisa a respeito da reunião, porque ela estava lá quando eu falei com o Gabriel (o ex-governador Almir Gabriel, que também postula a candidatura tucana e a quem Flexa relatou a reunião de Brasília)”.


E o senador afirmou ainda: “Não falei em nomes, não falei em ninguém, quando falei que poderiam chegar a um entendimento. Fui até monossilábico: disse apenas sim, quando ela (Suleima) me perguntou. Eu não minto. Sou muito cauteloso. Estou trabalhando para a união do partido. Eu não diria isso”.


Segundo Flexa, o deputado Megale, no discurso que fez na tribuna da AL, teria se baseado, apenas, “numa notícia que a Folha (de São Paulo) colocou”.

Flexa, então, passou o telefone a Megale, para que eu falasse novamente com ele.

Aproveitei e perguntei a Megale se foi Flexa quem lhe comunicou a decisão da Nacional partidária.

Irritado, Megale respondeu: “quantas vezes eu te falei no nome do Flexa? Então, por que você continua me perguntando isso? Não vou mais te responder”.

O blog à espera de mais desmentidos

Ainda na noite de ontem, eu disse a Flexa que o deputado André Dias me contou uma versão muito semelhante à de Suleima, acerca da reunião de Brasília.

Flexa tentou ligar para André, mas, talvez devido ao adiantado da hora (quase 23h30) ele não atendeu o telefone.

Eu disse ao senador que só postaria esta matéria hoje (sexta-feira).

Ele então me pediu que, primeiro, telefonasse novamente para André e lhe relatasse a conversava que tivemos – eu, Flexa e Megale.

Expliquei ao senador que isso seria impossível, porque a matéria seria colocada no ar muito cedo.

E disse, tanto a ele quanto à Suleima, que colocaria o desmentido dela, mas, também, o que ela me disse antes.


O blog fica, então, à disposição do deputado André Dias, caso ele queira desdizer o que me afirmou.


A reunião da bancada com Jatene

A reunião de ontem entre o ex-governador Simão Jatene e a bancada do PSDB aconteceu na casa dele e durou cerca de quatro horas e meia – estava marcada para começar às 15 horas e se estendeu até às19h30.

Dela participaram seis dos dez deputados estaduais tucanos:José Megale, Ítalo Mácola, André Dias, Bosco Gabriel, Tetê Santos e Suleima Pegado – essas últimas negaram que estivessem presentes, mas duas fontes confirmaram que estiveram sim.

Dois outros deputados não compareceram porque estavam viajando: Manoel Pioneiro e Alexandre Von.

Bira Barbosa não foi porque está doente. Só de Ana Cunha não se sabe o porquê de não ter aparecido.

A reunião foi motivada pela confusão que tomou conta do partido depois que os senadores Tasso Jereissati e Arthur Virgílio desmentiram Megale.

Ou, como preferiu explicar André Dias, “pelo desconforto criado pela declaração extemporânea de dois senadores que não conhecem o Pará”.

Mas, os deputados também aproveitaram o encontro para discutir “um cronograma de eventos até o Natal”.

A idéia é que a confraternização tucana deste ano seja ainda mais expressiva do que as anteriores.

“Não será o anúncio da candidatura dele (Jatene), mas, a conclamação”, informou André Dias.

Segundo o deputado, “o PSDB identifica com muita clareza que é ele (Jatene) quem reúne as melhores condições para ganhar a eleição e governar bem o estado”.

E, como a confraternização será, também, uma festa política, diz André, “naturalmente que vamos ouvir o que temos ouvido de todos: que eles querem que ele seja o governador. E, talvez, no final ele possa chegar e assumir o compromisso de colocar seu nome à convenção”.


Segundo Ítalo Mácola, na reunião de ontem Jatene e os deputados fizeram “uma avaliação de toda essa confusão e chegamos à conclusão de que isso não representa nada”.

Os deputados também decidiram aguardar pelo restabelecimento do presidente nacional do PSDB, Sérgio Guerra, porque é ele quem tem conduzido as negociações dos tucanos paraenses.

A alta de Guerra está prevista para hoje - ele teve de ser hospitalizado na última terça-feira devido a um problema cardíaco. Mas é provável que permaneça em repouso até a semana que vem.


Tão logo ele esteja bem, os deputados deverão pedir-lhe que se manifeste sobre o imbróglio, tendo em vista as declarações de Arthur Virgílio e Tasso Jereissati.


Megale reafirma declarações

Ontem, no começo da noite, ao falar pela primeira vez ao blog, o deputado José Megale manteve tudo o que declarou na tribuna da AL, na última terça-feira, acerca da escolha de Jatene como candidato do PSDB.

“O que foi dito está dito. Não dizemos meias verdades, mas, a verdade inteira”, enfatizou.

Ele lembrou que decisão da Nacional foi noticiada pelo jornal Folha de São Paulo e até pelo blog do senador tucano Álvaro Dias. Por isso, acredita que Mário Couto sabia, sim, dessa decisão, apesar de tê-lo negado, em entrevista ao Diário do Pará.

“Quem informou a Folha de São Paulo? O Mário sabia, sim. A menos que alguma coisa tenha mudado e não tenham nos comunicado”, disse.

Megale também criticou Tasso e Virgílio por suas declarações à imprensa: “Eu lamento porque eles dois não conhecem a política daqui, não conhecem os anseios locais. Em nenhum momento tratamos desse assunto com eles. Na verdade, não sei a legitimidade da afirmação que fizeram. Quero ouvir a posição do presidente (Sérgio Guerra) que é com quem tratamos desse assunto”.

Também o deputado André Dias foi pelo mesmo caminho: “Eu pessoalmente, assim como não me atreveria a dar palpite sobre um acontecimento no Amazonas, no Ceará ou no Maranhão, acho que eles foram muito imprudentes em falar o que não têm conhecimento. Essa imprudência tem custos para eles, porque são lideranças que passam a ser desacreditadas pela indevida locução deles. Eles não têm que dar opinião: têm é que fazer o que diz o Estatuto do partido”.

Ontem, a Assessoria de Imprensa do senador Mário Couto afirmou desconhecer a reunião realizada em Brasília, na semana passada. Disse desconhecer, ainda, que o senador tenha retirado a sua candidatura e manifestado apoio a Jatene. “O que ele (Couto) me disse é que retirou a candidatura dele em favor de Almir Gabriel”.


O blog tentou falar com Simão Jatene e Almir Gabriel, mas eles não retornaram as ligações.


Nos bastidores, na noite de ontem, também voltou a circular o boato de que Almir estaria disposto a deixar o PSDB devido a toda essa confusão.




Quinta-feira, Dezembro 03, 2009
Jatene reúne bancada 2
Deputados reúnem com Jatene
e Megale mantém declarações


Terminou há pouco, por volta das 19h30, a reunião do ex-governador Simão Jatene com os deputados estaduais tucanos.

Durou cerca de quatro horas, uma vez que estava marcada para as três da tarde.

Um dos assuntos discutidos – possivelmente o principal – foi o desmentido dos senadores Tasso Jereissati e Arthur Virgílio, publicado no Diário do Pará de hoje, às declarações do líder da bancada do PSDB na Assembléia Legislativa, José Megale.

Na última terça-feira, Megale anunciou, na tribuna da AL, que o candidato tucano nas próximas eleições ao Palácio dos Despachos será Simão Jatene.

A decisão teria ocorrido numa reunião na semana passada, em Brasília, com a presença do presidente nacional do PSDB, Sérgio Guerra, do presidente regional, Flexa Ribeiro, e de Jatene e do senador Mário Couto, que também postula a candidatura tucana.

Mas, na noite de terça-feira, a Assessoria de Comunicação de Mário Couto disse que ele não fora comunicado de qualquer decisão sobre a disputa interna. O senador Flexa Ribeiro também garantiu que nada estava definido.

Ontem, foi a vez de Tasso Jereissati e Arthur Virgílio, que também integram a direção nacional da legenda, desmentirem Megale.

Ambos desautorizam o deputado a falar em nome da direção nacional e reafirmaram a indefinição da candidatura tucana no Pará.

Há pouco, o blog conversou com Megale, que manteve tudo o que disse.

A Perereca também conversou com a deputada Suleima Pegado, que afiançou a veracidade das informações que Megale tornou públicas.


Segundo ela, foi o presidente regional Flexa Ribeiro a comunicar aos deputados estaduais o resultado dessa reunião de Brasília, ocorrida na terça-feira da semana passada.


Nela, Mário Couto teria retirado a sua candidatura e manifestado apoio a Jatene.


O ex-governador Almir Gabriel, que também briga pela indicação tucana, não foi convidado porque, segundo Suleima, “ele disse que só seria candidato se os dois (Couto e Jatene) não chegassem a um consenso”.





Jatene reúne bancada

Neste exato momento (18h20), os deputados estaduais estão reunidos com o ex-governador Simão Jatene, na casa dele, às proximidades da Doca.


Especula-se que a reunião esteja ligada à disputa interna tucana para a escolha do candidato ao Palácio dos Despachos.


O encontro acontece no mesmo dia em que o líder da bancada, José Megale, levou um ralho público da direção nacional do PSDB, por ter anunciado à revelia dela, na tribuna da AL, que o martelo já foi batido a favor de Jatene.

Ana faz balanço de governo


A governadora Ana Júlia Carepa estará no próximo dia 07 (segunda) no programa Sem Censura, da Tv Cultura do Pará. Minha xará vai fazer um balanço dos três anos de sua administração.


Termina em desacordo reunião do PMDB e PT do PA
No blog do Josias, de hoje cedo

Sem alarde, reuniram-se em Brasília negociadores do PMDB e do PT do Pará.

Buscava-se a harmonização dos interesses de Ana Julia e de Jader Barbalho.

Ela, governadora petista, tenta empinar um projeto reeleitoral para 2010.

Ele, deputado pemedebê, cogita buscar nas urnas um retorno ao governo.

Entre os dois, Dilma Rousseff, que sonha com o palanque único no Pará.

Dono do diretório paraense do PMDB, Jader não deu as caras no encontro.

Mas seus operadores levaram à mesa o preço da almejada composição.

Para aliar-se ao projeto reeleitoral de Ana Julia, Jader exige:

1. Indicar o candidato a vice na chapa da governadora petista.
2. Garantir o apoio do PT para sua candidatura ao Senado.
3. Acomodar um apaniguado na atual equipe da governadora. Quer a Secretaria de Saúde.


Ouvida, Ana Júlia concordou com os dois primeiros itens da pauta de Jader.


Torceu o nariz para a idéia de entregar a Saúde ao grupo de desafeto.


Lero vai, lero vem, prevaleceu o desacordo.

Na semana que vem, reúne-se comitê nacional PMDB-PT.
Tenta-se estreitar inimizades presentes em vários Estados.
Busca-se converter em casamento o acordo pré-nupcial em torno de Dilma.
O veneno do Pará era o que parecia mais próximo de um antídoto. Deu chabu.
Um prenúncio de que, noutros Estados, o acerto pode ser ainda mais complicado.
São cinco as praças em que o PMDB cobra solidariedade do PT: MG, RJ, MS, CE e PA.
Há, de resto, o caso da Bahia. Ali, está entendido que as legendas medirão forças.
O PMDB, com Geddel Vieira Lima. O PT, com Jaques Wagner.
Tenta-se pôr de pé a política do palanque duplo. Dilma e Lula teriam de pisar nos dois.

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