quarta-feira, 23 de junho de 2010

'Lula mudou o Brasil e o Brasil quer seguir mudando'

Trechos do discurso de Dilma Rousseff ao ser lançada, hoje, oficialmente pelo PT como candidata a presidente da República:

* Não é por acaso que depois deste grande homem, o nosso Brasil possa ser governado por uma mulher. Por uma mulher que vai continuar o Brasil de Lula - mas que fará um Brasil de Lula com alma e coração de mulher.

Lula mudou o Brasil e o Brasil quer seguir mudando. A continuidade que o Brasil deseja é a continuidade da mudança. É seguir mudando, para melhor, o emprego, a saúde, a segurança, a educação.É seguir mudando com mais crescimento e inclusão social para que outros milhões de brasileiros saiam da pobreza e entrem na classe média.

É seguir mudando para diminuir ainda mais a desigualdade entre pessoas, regiões, gêneros e etnias.

* Historicamente, quase todos governantes brasileiros governaram para um terço da população. Para muitos deles, o resto era peso, estorvo e carga. Falavam que tinham que arrumar a casa primeiro. Falavam e nunca arrumavam. Porque é impossível arrumar uma casa deixando dois terços dos filhos ao relento, à margem do progresso e da civilização.
Resultado: o Brasil era uma casa dividida, marcada pela injustiça e pelo ressentimento, que desperdiçava suas melhores energias.

Nós, do governo do presidente Lula, fizemos o contrário. Chegamos à conclusão de que só fazia sentido governar se fosse para todos. E provamos que aquilo que era considerado estorvo era, na verdade, força e impulso para crescer. Quebramos o tabu e provamos que incluir os mais fracos e os mais necessitados ao processo de desenvolvimento do país é um caminho socialmente correto, politicamente indispensável e economicamente estimulador.

* A consolidação do estado democrático de direito passa, igualmente, pela garantia e manutenção de AMPLA LIBERDADE DE IMPRENSA e da livre circulação e difusão de idéias.

Exige, cada vez mais, a ampliação do direito à informação da população, com a multiplicação dos meios de comunicação. E que sejamos capazes de dar respostas abrangentes e inclusivas aos imensos desafios e às fantásticas possibilidades abertas pelo mundo digital, pela internet e pelo processo de convergência de mídias.

Para o Brasil seguir mudando, devemos AMPLIAR NOSSA PRESENÇA INTERNACIONAL, oferecendo ao mundo contribuições valiosas nas áreas ECONÔMICA, de MUDANÇAS CLIMÁTICAS e da PAZ MUNDIAL.

Seguiremos defendendo, de forma intransigente, a paz mundial, a convivência harmônica dos povos, a redução de armamentos e a valorização dos espaços multilaterais.

* Para o Brasil seguir mudando é preciso, acima de tudo, manter e aprofundar o olhar social do governo do nosso grande presidente Luiz Inácio Lula da Silva. É mais que simbólico que, nesse momento, o PT e os partidos aliados estejam dizendo: chegou a hora de uma mulher comandar o país.
Estejam dizendo: para ampliar e aprofundar o olhar de Lula, ninguém melhor que uma mulher na presidência da República. Creio que eles têm toda razão. Nós, mulheres, nascemos com o sentimento de cuidar, amparar e proteger. Somos imbatíveis na defesa de nossos filhos e de nossa família.


* Eu estava num aeroporto, quando um jovem casal, com uma filhinha linda, se aproximou. E a mãe falou assim: "eu trouxe minha filha aqui pra que você diga a ela que mulher pode". Eu perguntei para a guria: "mulher pode o quê?". E ela: "ser presidente". Eu disse: "pode sim, não tenha dúvida que pode".

Sabem como é o nome desta menininha? Vitória! Pois é para ela, e para as milhões e milhões de pequenas Vitórias e Marias, meninas deste Brasil que não sabem ainda que uma mulher pode ser presidente, é para elas que eu quero dedicar a minha luta. E a nossa vitória.

Para que, assim como depois de Lula, um operário brasileiro sabe que ele, seu filho, seu neto, podem ser presidente do Brasil, estas pequenas Vitórias e Marias também possam responder, quando perguntadas o que vão ser quando crescer; que elas possam responder, como fazem os meninos:

"Eu quero ser Presidente do Brasil!"

PT vai processar Serra por acusar Dilma de tentar fabricar dossiê

O Partido dos Trabalhadores entrará na quarta-feira (23) com uma ação civil por danos morais contra o candidato do PSDB a Presidência da República, José Serra. O processo será movido por causa das acusações recentes de que a campanha da candidata petista, Dilma Rousseff, tentou fabricar um dossiê sobre Serra.

Para o presidente do PT, José Eduardo Dutra, as acusações do candidato da oposição feriram a honra de seu partido e precisam ser questionadas judicialmente. “Entendemos que as acusações dele são inaceitáveis. Não vamos admitir que qualquer pessoa, com o objetivo de tentar obter ganhos eleitorais, faça acusações dessa gravidade contra a honra do partido”.
Segundo Dutra, o processo será movido pelo PT e não pela candidata e que o objetivo não é obter ganhos financeiros. “Nós não fizemos quantificação no pedido de indenização, deixamos isso a critério do juiz.”

O PT já havia entrado com um pedido de interpelação contra Serra para que ele explicasse judicialmente as suspeitas que levantou, mas o juiz entendeu que as acusações estavam claras e não havia motivos para uma interpelação. A partir daí, os petistas entenderam que o melhor caminho seria a ação com pedido de indenização por danos morais.
As acusações de Serra foram feitas no dia 2 de junho, quando ele disse que pessoas ligadas à campanha da ex-ministra haviam procurado o ex-delegado da Polícia Federal (PF), Onésimo de Souza, para que ele fizesse escutas ilegais que pudessem ser utilizadas na fabricação de um dossiê contra o candidato do PSDB.

Site da Abril.com

quinta-feira, 17 de junho de 2010

Vice-Prefeito(PR) de Belém será o o candidato a vice na chapa de Ana Júlia carepa.

Hoje pela manhã conversei rapido com Anivaldo Vale que ao ser questionado por este blogueiro se a decisao do PR de indica seu nome na chapa de Majoritaria está  certo mesmo, ele com muita confiança afirmou que sim, perguntei se isso isolaria o PMDB uma vez que com a vinda do PR a coligação de Ana passa a ser PT, PR, PV, PSB,PP,PCdoB  e outros partidos com grandes lideranças com o PRB que aqui e representado pelo vereador e Pastor Raul, e tendo em vista que as conversas com o PTB estão em um nivel de ajustes e ainda exsite a possibilidade de o PDT vim, além do DEM que viver se jogado nos braços da Governadora, dos grandes partidos que estão com os tucanos somente o PPS que a cada dia diminuir mais e mais por conta desta decisão que contraria toda a história de companheiros valorosos que hoje não aceitam ser  marionetes nas mãos dos caciquesdo Partido.

 A resposta foi a seguinte:  "Será muito bom ter o PMDB neste chapão conosco, mas se não vierem estamos prontos para vencer."  Junto com o o proximo vice - governador do Estado estava o prefeito de Castanhal que tem uma boa relação politica com a governadora Ana  julia Carepa. 
  

segunda-feira, 14 de junho de 2010

Orgulho de ser Brasileiro.



" BRILHOU NO CÉU DA PÁTRIA NESSE INSTANTE."
                                                             
"Nunca pense que está sozinho quando você vive futebol,respira futebol.Isso significa que você faz parte dessa paixão mundial pela bola porque futebol além de um esporte é um ideal de vida."

Vinicios de Morais.

 




"GIGANTE PELA PRÓPRIA NATUREZA,
ÉS BELO, ÉS FORTE, IMPÁVIDO COLOSSO"






"TERRA ADORADA,ENTRE OUTRAS MIL,
ÉS TU,BRASIL,Ó PÁTRIA AMADA!
DOS FILHOS DESTE SOLO ÉS MÃE GENTIL,
PÁTRIA AMADA,
BRASIL!"






"VERÁS QUE UM FILHO TEU NÃO FOGE À LUTA,
NEM TEME, QUEM TE ADORA, A PRÓPRIA MORTE."


Governadora Ana Julia em Jacundá


Carreata em Jacundá mostra o carinho da população para com o prefeito Dino e a governadora do Pará Ana lia.







Prefeito com o Povo que compareceu em massa.






A Governadora Ana lia com mais de 10 mil pessoas que prestigiaram sua presença no Município.







Parceria em prol do povo.
Todo apoio ao nosso prefeito Dino do PT e do povo de Jacundá.





*Um forte abraço ao meu amigo Luizinho (Luiz Veiga) ao presidente da câmara Lindomar meu grande amigo ambos  grandes articuladores deste grande evento no Município de Jacundá .
              

quarta-feira, 9 de junho de 2010

Unidade nos leva pra longe do retrocesso.

* Cláudio Puty

No Pará e Amapá, o início de junho marca a posse da nova direção do Sindicato dos Bancários, entidade na qual a governadora Ana Júlia iniciou sua militância sindical como bancária, no final da década de 80, e que a mim traz gratas referências de luta e afetividade. Meu pai também é bancário, aposentado, e dedicou parte de sua vida à organização da categoria na Associação dos Empregados do Banco da Amazônia (AEBA), da qual foi o primeiro presidente.

Nas duas entidades – sindicato e AEBA - construí laços fraternos e políticos que ainda hoje influenciam minhas reflexões sobre o sistema financeiro e o papel que ele deve cumprir para assegurar perspectivas de desenvolvimento, emprego e renda no país, com oferta de crédito acessível e desburocratizado. E a juros não pornográficos.

Numa demonstração de unidade em torno da redução imediata dos juros e dos ganhos parasitários dos banqueiros; de mais empregos nos bancos para propiciar melhor atendimento aos clientes e usuários; pelo fim da terceirização e por condições decentes de trabalho, saúde e segurança, os bancários voltam a colocar à frente das principais lutas no Pará e Amapá outra mulher, desta vez a companheira Rosalina Amorim que, junto com seu vice, Sérgio Trindade, reitera o papel de vanguarda da categoria do ramo financeiro na consolidação de conquistas e avanços para tornar o mundo do trabalho um espaço de realização profissional e não de submissão da condição humana à exploração e ao lucro.

Unidade, aliás, é a palavra de ordem dos trabalhadores brasileiros, conforme atestou a Conferência Nacional da Classe Trabalhadora organizada pela Central Única dos Trabalhadores (CUT), em conjunto com mais cinco centrais sindicais do País, no Pacaembu, em São Paulo, com a participação de aproximadamente 22 mil pessoas, para o lançamento da “Agenda da Classe Trabalhadora”, um documento que defende desenvolvimento com soberania, democracia e valorização do trabalho, a ser apresentado aos candidatos à presidência da República.

São 249 propostas organizadas em seis eixos estratégicos, que exigem em síntese crescimento com distribuição de renda e fortalecimento do mercado interno; valorização do trabalho decente com igualdade e inclusão social; o Estado como promotor do desenvolvimento socioeconômico e ambiental; democracia com efetiva participação popular; soberania e integração internacional; e direitos sindicais e negociação coletiva.

Trata-se de uma agenda que aprofunda conquistas obtidas durante o governo do presidente Lula, que se encerra com o registro histórico de um processo de redistribuição de renda nunca antes vivenciado neste País, graças à valorização progressiva do salário mínimo e do poder de compra dos trabalhadores brasileiros, sobretudo os mais pobres, além dos recordes sucessivos na geração de emprego, apesar da crise financeira internacional que abalou o País no ano passado.

As centrais sindicais apontam que ainda há “um enorme déficit social a ser superado”, mas reconhecem que a distribuição de renda e as condições de vida da população melhoraram em consequência do “crescimento econômico dos últimos anos, apoiado principalmente pelo fortalecimento do mercado interno e em políticas redistributivas”. Para as centrais, a superação do déficit social exige que o crescimento econômico “esteja orientado para a ampliação do mercado interno de consumo de massa, com a geração de emprego e a ampliação da renda do trabalho”. Ao mesmo tempo, dizem que “é necessário avançar nas diferentes políticas sociais, em especial nas áreas de educação, saúde, habitação, infraestrutura e de transferência de renda”.
Ao avaliar as exigências das principais centrais sindicais, a conclusão é inevitável: os trabalhadores brasileiros estão unificados em torno da defesa das principais conquistas obtidas no âmbito de um governo democrático e popular e rechaçam qualquer retrocesso que ameace essas vitórias do povo brasileiro, após o longo período de arrocho salarial, sobretudo para os servidores públicos, e descompromisso dos neoliberais com uma perspectiva de desenvolvimento para o país.

Aqui no Pará não tem sido diferente. Com investimentos em infraestrutura, ciência, tecnologia e inovação, a governadora Ana Júlia consolidou um novo modelo de desenvolvimento para o Estado, calcado em leis e iniciativas que asseguram a superação dos passivos fundiário e ambiental e criam um clima propício para quem quer produzir, gerar empregos e renda sem a instabilidade dos conflitos. Ou o horror dos massacres.
O Programa de Aceleração do Crescimento do Pará (PAC do Pará) que a governadora Ana Júlia lança amanhã em Belém é uma consequência do papel de indutor do desenvolvimento que o governo do Estado assumiu a partir de 2007. É isso o que explica, por exemplo, os sucessivos registros positivos na geração de empregos no Estado, apesar de ainda estarmos sob o efeito da crise. As perspectivas aumentam ainda mais para o próximo período, entre 2011 e 2014, quando estão previstos para o Estado investimentos públicos e privados no valor de R$ 109 bilhões em áreas como saúde, segurança, energia, habitação, indústria e transportes.

Também junto ao funcionalismo público, o saldo é bastante positivo: foram quatro anos de reajustes sempre acima da inflação, contra os 12 anos do tucanato, com perdas salariais acumuladas em 70%. Nos últimos quatro anos, os servidores públicos do Estado registraram ganho médio não inferior a 11% nos salários, por causa da política de negociação permanente.

Mas os ganhos para os servidores públicos não se restringem a salários. No que se refere à garantia de carreira e estabilidade para o funcionalismo público, este governo tem se caracterizado pelo compromisso com lutas históricas, como o demonstram a sanção do Plano de Cargos e Salários dos Trabalhadores do Fisco e o compromisso recentemente assumido com a Lei Orgânica do setor; a relação respeitosa mantida com os sindicatos mesmo em situações extremas, como a da recente greve dos professores, desencadeada após o governo ter enviado o Plano de Cargos Carreira e Remuneração (PCCR) do magistério à Assembléia Legislativa; e o cuidado com a saúde do funcionalismo, que volta a contar com a assistência odontológica gratuita, extinta há 12 anos, e já pode inscrever como dependentes no plano de saúde os filhos entre 18 a 24 anos, independente de eles serem ou não universitários, afora o reconhecimento de que enteado faz parte do núcleo familiar e pode, sim, ser dependente no plano de saúde.m todo o País e também aqui no Pará, o sentimento das ruas é de entusiasmo pela manutenção das conquistas e por passos adiante que nos levem o mais longe possível de um passado que se caracteriza pelo arrocho nos salários, pelo desemprego, pelo argumento do cassetete, pelo reajuste zero, pelos planos de demissão voluntária, pelas privatizações e pela ausência de oportunidades.

Não ao passado de retrocesso é o que diz a classe trabalhadora.

*Cláudio Puty é economista formado pela Universidade Federal do Pará, com mestrado em Teoria Econômica pela Universidade de Tsukuba, no Japão e doutorado em Economia Política pela New School for Social Research, Nova Iorque. É assessor do governo do Pará e secretário de Relações Institucionais da Executiva Estadual do PT.

Ex-deputado Luiz Sefer(Ex- DEM) é condenado a 21 anos de prisão por pedofilia.

O ex-deputado estadual e médico Luiz Afonso Proença Sefer(Ex- DEM) foi condenado e teve a prisão decretada na manhã desta terça-feira (08) por abusar sexualmente de uma menina de nove anos. A pena de 21 anos foi determinada pela juíza Maria das Graças Alfaia Fonseca, titular da Vara Penal de Crimes Contra Crianças e Adolescentes de Belém (PA).

Segundo a denúncia oferecida por representantes do MPE (Ministério Público Estadual), em 2005 Sefer teria “encomendado” uma menina menor de idade do interior do Pará, “na faixa etária de oito a nove anos”. A justificativa seria a de que ela faria “companhia a uma criança” na casa do ex-deputado.

A denúncia afirma ainda que a menina foi trazida de Mocajuba e entregue ao médico, que, após dois dias, passou a abusar sexualmente dela, além de agredi-la e obrigá-la a ingerir bebida alcoólica. As práticas teriam se repetido por quatro anos seguidos.

Segundo nota divulgada no site do TJ- PA (Tribunal de Justiça do Pará), no interrogatório feito à juíza, Sefer negou a autoria do crime. Ele alegou que a menina foi trazida para sua casa para estudar e que as acusações seriam “uma atitude inconsequente da vítima e uma estratégia desta para não retornar ao município de Mocajuba”. O ex-deputado afirmou que vinha planejando mandá-la de volta por "mal comportamento”.

Na sentença, a juíza também determinou o pagamento de indenização por dano moral, no valor total de R$120 mil.
O ex deputado(ex DEM)  foi investigado no início do ano passado durante a CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) da pedofilia de Brasília e acabou renunciando ao cargo. Os advogados já adiantaram que vão entrar ainda hoje com o pedido de habeas corpus.
Portal R7

sábado, 5 de junho de 2010

Cuidado com o eleitor, ele pensa sabia?

    

Vicente Cidade:

- Na democracia, cabe ao partido político disputar o Poder do Estado, e ao o Estado partidarizado, cabe disputar a hegemonia de projetos na sociedade. Em outras palavras, o papel central do partido governista é a manutenção do status quo no processo político, enquanto os partidos de oposição, obviamente devem evitar essa tendência, buscando impedir uma eventual “perpetuação política” das estruturas do Estado.
Isto posto, traduzindo isso para o “bom português”, quero dizer o seguinte: a melhor estratégia possível para o partido da situação é ampliar seu leque de alianças de tal forma que a composição eleitoral reflita, não só o seu poder de articulação, mas principalmente, o seu poder de centralização política.

Ou seja, para quem exerce o poder não há meio termo. Ou é ou não é. Na hora do “pega pra capar” ou se é situação ou oposição. Logo não existe essa de “candidato laranja” ou “chapa branca” que esteja a serviço do partido governo. Quem está com o partido do governo participa da aliança governista.

Portanto não existe lógica política que justifique o fracionamento do poder do estado num processo eleitoral. Desta forma, a estratégia da diversificação é prerrogativa da oposição e não da situação. Para o Estado partidarizado, quanto maior for o caráter “plebiscitário” da eleição, maior será sua possibilidade de manutenção. Essa lógica inclusive foi utilizada recentemente pelo presidente Lula e pelo PT, quando exigiram ao PSB a retirada da candidatura de Ciro Gomes em favor da candidatura de Dilma.

Contudo, aqui no estado os dirigentes do PT responsáveis pela condução do processo de negociação política da composição eleitoral, parecem que não estão entendendo dessa forma e o que deveria ser uma condução natural, está se revelando uma verdadeira “trapalhada”, não sei se por inexperiência, má fé ou se realmente acreditam no que estão fazendo.

A verdade é que o cenário defendido pelo deputado Bordalo em seu blog, é de um otimismo tão exagerado que dá até para se desconfiar. Em seu post, Bordalo avalia que a “chapa branca” ou “candidato laranja”, como queiram, seria capaz de conduzir os deputados Paulo Rocha e Jader Barbalho para o Senado Federal, eleitos em primeiro turno, um na condição de “poste” do governo e outro como “oposição branca”, deixando a reeleição da governadora Ana Júlia acertada para ser conquistada no segundo turno, aí já com a rearticulação da aliança PT/PMDB.

Essa estratégia seria montada em resposta a avaliação de vários analistas políticos que dizem ser muito difícil para o “governo” conquistar as duas vagas para o Senado se seus concorrentes estiverem unificados numa única chapa, sendo assim mais viável a divisão em dois blocos, para criar uma fictícia “terceira via”, cujo o objetivo principal seria a eleição de dois senadores.

Evidentemente que essa estratégia, a primeira vista, parece ser bastante tentadora, eleger os dois senadores e depois a governadora, seria uma verdadeira epopéia. Mas e aí? Seria assim tão fácil? Será que a sociedade seria conivente com essa tentativa de “engodo” eleitoral a ponto de balizar essa armação? Será que a oposição não teria uma resposta hábil para denunciar tal estelionato à sociedade?

Sinceramente não acredito que isso venha a se configurar, seria muito arriscado e a conseqüência poderia ser desastrosa para os dois partidos, mas, se realmente alguém estiver mesmo pensando nisso fica aqui algumas observações deste blogueiro:

1) Particularmente acho que é possível eleger Paulo e Jader como senadores, ainda que juntos numa única chapa, pois, como defendi, um caráter plebiscitário na eleição aqui no Pará poderia colocar para a sociedade dois projetos distintos, capitaneados por Ana Júlia e Jatene (com vantagem para Ana Júlia em minha opinião), condicionando o eleitor a pensar nesses projetos e com isso, identificar claramente quem os representa. Assim, de forma bem pragmática, o eleitor seria levado a votar “de cabo a rabo” no projeto que melhor o representaria, pelo menos no que se refere à eleição majoritária;

2) Se realmente vierem a pactuar uma estratégia de terceira via governista, os dirigentes do PT mostrariam não só total ignorância política, ou quem sabe arrogância, como também deixariam claro que o objetivo principal do partido não é reeleger sua governadora, mas eleger um senador. Embora o deputado Bordalo salde a estratégia como um bom acordo político, isso me parece ser inadequado, não parece ser razoável pensar que, mesmo com toda divergência interna do partido, alguns setores estariam apostando nessa insensatez, colocando em risco a reeleição do governo para viabilizar a eleição do companheiro Paulo;

3) Também registro aqui a minha “indignação” por todos aqueles que uniram forças para desqualificar a DS como interlocutora política de Ana Júlia, dentro e fora do PT, pois, na prática a união dessas forças só serviu para potencializar outros interesses que não a reeleição da governadora. Não é possível entender como uma candidatura secundária se transformou na principal tarefa do partido;

4) Por fim, qualquer militante de esquerda sabe que é sua tarefa preservar as lideranças do partido, ou no caso, de sua organização política. Ou seja, defender a governadora é tarefa dos militantes da DS, qualquer que seja a posição que ocupe, no governo ou não. Assim, o processo de desqualificação da DS, teve como objetivo central enfraquecer a governadora dentro do PT, que ficou sujeita a compartilhar de estratégias medíocres e submissas como essa, que inverte as prioridades e se confronta a lógica política.
 
*Vicente Cidade:  Economista, pós-graduado em Agronégocio Pela UEPA e em Econômia Regional e Desenvolvimento Sustentavel pela UFPA. Fui Coordenador da Sala das Prefeituras do Governo Ana Júlia. Atualmente sou sócio de uma empresa de Consultoria Empresarial e Vogal da JUCEPA, como representante do Conselho de Economia.
 
http://www.vicentecidade21.blogspot.com/

Ana Júlia definiu a aprovação do empréstimo como uma vitória do povo do Pará.


“A aprovação deste empréstimo, que é destinado a compensar as perdas de arrecadação decorrentes da crise mundial, é mais do que uma vitória do governo; é uma vitória do povo do Pará”, afirmou na tarde desta terça-feira (25), a governadora Ana Júlia Carepa, após a aprovação pela Assembleia Legislativa da autorização para que o Executivo efetue empréstimo, no valor de R$ 366,7 milhões, no Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES).


“Os municípios serão os grandes beneficiados, pois a eles será destinada uma grande parcela dos recursos, cerca da metade deles, para obras que vão melhorar o abastecimento de água e a mobilidade urbana, através da pavimentação de vias, praças e etc.”, ressaltou a governadora, acrescentando que o governo do Estado vai “utilizar estes recursos para retomar as obras que estão paralisadas em função da perda da arrecadação, e que são importantes para o desenvolvimento do Estado”.