Juca, boas lembranças preenchem o vazio. Ainda bem!
Era acordar de manhã, abrir o computador, conectar-se à internet – quando a Oi/Velox permite, é claro – e procurar o Quinta.
Sempre foi assim.
Sempre foi assim, desde que o Quinta é Quinta.
Sempre foi assim, desde que o Juca passou a ser o Quinta, e o Quinta , o Juca.
Sempre foi assim com milhares de pessoas que, até agora, não tiveram o prazer de conhecer o Juca, mas que se tornaram íntimas dele, como se fossem, elas e ele, velhos companheiros, velhos amigos, antigos conhecidos.
Todos sabíamos quando o Juca ia namorar.
Todos sabíamos quando entrava de férias.
Sabíamos quando ficava de molho, à espera da temperatura esquentar.
Quando ia deliciar-se com um arroz de pato com jambu, souflè de bacalhau, filé de pescada amarela ao forno.
Ler o Quinta tornou-se um hábito.
Até mesmo agora, desde que se confirmou a impossibilidade de Juca atualizar seu blog, lá estava o pessoal aqui da redação, toda manhã, todo dia, o dia todo, dando uma passeada lá pelo Quinta, para ver o que é que tinha, pra saber se tinha algo de novo.
E agora?
E desde ontem?
Como é que vai ficar?
E o nosso hábito de ler o Quinta, de saber do Juca?
As ausências sempre são doídas.
Muito doídas.
Ausências como a de Juca, agora saudade, são muitíssimo doídas.
Separações como essas são muito difíceis de entender.
Juca tornou seu blog uma referência de informações, de debate, de polêmicas.
Assumiu sem medo seus confrontos.
Arrostou sem receios muitas reações contrárias por empunhar suas bandeiras.
Expôs-se por inteiro em defesa de suas convicções.
O mais impressionante é que Juvêncio nunca foi jornalista. Teve uma brevíssima passagem pelo jornalismo, mas achava que nunca foi jornalista.
Mas era, sim.
Ele era, sim, jornalista.
E como era.
Buscava no fato corriqueiro o detalhe – imperceptível para muitos – do qual se extraía a notícia.
Por isso é que seu blog, sem força exagero, tornou-se um divisor de águas, uma referência na blogosfera paraense.
E Juca, no comando de seu Quinta, colecionou uma legião de amigos, inclusive, repita-se, muitos que nem o conheceram pessoalmente, mas que se tornaram íntimos dele.
Sem o Juca, fica um enorme, um grande vazio.
Precisamos preencher esse vazio com as boas lembranças que ele nos deixou.
E são muitas, essas boas lembranças.
São tantas que não haverá vazio capaz de comportá-las todas.
São tantas que nos aliviam.
E, mais do que nos aliviar, dão-nos a certeza de que Juca soube ocupar um lugar que não será preenchido tão cedo.
Um lugar que é dele, só dele.
Por merecimento, por proficiência.
Um lugar que é de saudades.
Muitas saudades.
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