Coincidentemente, no dia da morte do ex-senador Antonio Carlos Magalhães, eu estava ouvindo uma música do cantor paraense, Nilson Chaves, que em uma de suas passagens diz: “Os velhos de Brasília não podem ser eternos”. Só que, depois de ler, hoje, um artigo do Senador José Sarney, publicado na Folhapress, iniciando da seguinte maneira: “Eu passei pelo lápis, pelo tinteiro, pela caneta-tinteiro, pela esferográfica, pela máquina de escrever manual e elétrica e desembarquei no computador”, acho que Nilson Chaves deveria mudar sua canção para: “Os homens de Brasília não deveriam ser eternos”. Sarney é homem forte e mostra muita vitalidade, haja vista não demonstrar qualquer tipo de abalo, apesar da idade e dos bombardeios de acusações contra si desferidas. É um homem incomum, realmente, como disse “o Cara”. Deve ele possuir, secretamente, em suas mangas, alguma fórmula que o fará ver o homem chegar a Marte e, quem sabe, ainda, de dentro da casa dos horrores, pela internet, a vinda tão anunciada de Jesus Cristo. E eu, pobre mortal, comum, coitado, que já ouvir falar em dinossauros que, quando ameaçados sopravam fogo pelas ventas, e não resistiram ao bombardeio de meteoritos, e se estrebucharam, e desapareceram; não tenho a mínima esperança, felizmente, de um dia ver sendo publicado no livro dos recordes: “Matusalém perdeu a sua condição de homem que viveu mais tempo na face da terra”. Pode até ser verdade que a história se repita, mas uma coisa já está mais do que provada: Já não se faz mais dinossauros como antigamente, infelizmente. Ao vencedor, as batatas.
Agnaldo Rosas
OAB-PA 11.681
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Nazaré - Belém
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