terça-feira, 4 de agosto de 2009

Terça Bacana

Collor e Renam colocam o dedo na cara de Simom, que se cala,


(Josias)
Antes de mergulhar no recesso, o Senado encenava um roteiro de suspense.
Todos se perguntavam: qual será a próxima denúncia contra Sarney?
De volta das férias, os senadores imprimiram à cena um ritmo de thriller.
A indignidade é tamanha que até atores indignos já posam de indignados.
A coisa começou a esquentar no instante em que Pedro Simon subiu à tribuna.
Pregou, uma vez mais, a renúncia de Sarney ao cargo de presidente.
Disse que o “gesto de grandeza” deveria ocorrer imediatamente.
Antes da reunião do Conselho de Ética, marcada para a tarde desta terça (4).
Do contrário, disse, a encrenca do Senado assume contornos “imprevisíveis”.
Renan Calheiros, que costuma operar à sombra, levou o rosto à vitrine.
Pediu um aparte a Simon. Ironizou o espírito pacificador do orador.
Renan foi à jugular de Simon. Disse que o colega ataca Sarney há 35 anos.
Insinuou que Simon guarda no freezer uma mágoa. Queria ser o vice de Tancredo.
E não se conforma com o fato de o destino ter conspirado a favor de Sarney.
É invenção, reagiu Simon. Seguiu-se um acalorado e deprimente bate-boca.
Renan mirou abaixo da linha da cintura. Disse que Simon tem duas caras.
Em reuniões da bancada do PMDB, defendera a candidatura de Sarney.
Estabelecida a crise, disse Renan, Simon foi a Sarney para solidarizar-se.
Simon engoliu a seco. E disse que mudança de lado é coisa de Renan.
Lembrou que Renan participara da gênese da candidatura de Collor.
Depois, abandonou-o antes do impeachment. Collor abespinhou-se.
Pediu a Mão Santa, que presidia a sessão, o direito de se defender.
Collor disse: "Engula suas palavras e as digira como achar conveniente".
Postou-se ao lado de Sarney. O mesmo que, no passado chamara de “ladrão”.
Jarbas Vasconcelos instou Mão Santa a mandar retirar as expressões de Collor.
Mão Santa disse que não vira no linguajar nada de ofensivo.
Cristovam Buarque apelou a Simon que não engula nada. Fale, fale e fale.
“Sua credibilidade é porque não engole. Diz, fala, acusa. Mantenha-se assim”.
Arthur Virgílio e Álvaro Dias também saíram em defesa de Simon.
Garibaldi Alves apelou a Collor para que refizesse suas declarações.
Collor não se deu por achado. Disse que Simon o espicaça há tempos.
"Quero lamentar os termos que usei para canalizar minha indignação...”
“...Lamento, mas não retiro [...]. Não posso retirar uma palavra do que disse".
Numa segunda intervenção, Collor desmentiu Simon.
O senador dissera que, candidato, Collor o visitara no Rio Grande do Sul.
Convidara-o para compor a sua chapa, como candidato a vice.
“É mentira”, indignou-se Collor. “Isso jamais me passou pela cabeça”.
Renan também voltaria à carga. Lembrou que Simon fora ministro de Sarney.
Sob Simon, disse ele, a Agricultura fora acusada de importar carne ilegalmente.
“Nem por isso o presidente Sarney pediu a Vossa Excelência que renunciasse”.
“É mentira”, reagiu Simon. Disse que, à época da denúncia, já não era ministro.
Em timbre acusatório, Renan lançou no ar uma pergunta enigmática:
“Vossa Excelência conhece a Pôr do Sol?, indagou um par de vezes.
A interrogação ficou boiando na atmosfera crepuscular do plenário do Senado.


O santo terá de responder

PMDB vai denunciar Arthur Virgílio, líder do PSDB

De O Globo:

Apesar de ser uma decisão tomada pela bancada do PMDB, o líder do partido, senador Renan Calheiros (AL), afirmou nesta segunda-feira que a representação ao Conselho de Ética contra o líder do PSDB, senador Arthur Virgílio (AM), será protocolada "no decorrer da semana". Segundo ele, é necessário aguardar a presença em Brasília dos parlamentares que começam a chegar após o recesso parlamentar.

O texto da representação já está pronto e deve cobrar a apuração de três fatos que envolvem o líder tucano: o pagamento de salário a um funcionário do seu gabinete enquanto ele fazia um curso no exterior; a legalidade do ressarcimento financeiro pelo Senado dos gastos da mãe do parlamentar com tratamento de saúde; e o socorro financeiro de cerca de US$ 10 mil concedido pelo ex-diretor-geral do Senado Agaciel Maia ao tucano durante viagem ao exterior.

Calheiros reafirmou que a iniciativa de representar contra Virgílio decorre do fato dele praticamente ter forçado o PSDB a representar contra o presidente do Senado, José Sarney (PMDB-AP), no Conselho de Ética:

- O problema é que o Arthur Virgílio levou o PSDB a tomar uma atitude e, diante disso, não poderíamos agir diferente.

O peemedebista negou que a iniciativa represente qualquer senha para intimidar outros senadores que defendem o afastamento do presidente da Casa.


Será ?

Juntos PSDB e PMDB tem 15 deputados estaduais.
Pois bem, anda em curso uma conversa que pode pegar o Governo do Estado de calças curtas, a criação pelos 15 de um documento pedindo uma CPI dos Kits escolares.Já houve conversa entre os líderes sobre o assunto, basta agora que a ordem parta.



Ai ai ai

O Diário do Pará divulga matéria dizendo que Dudu se recusou a receber ajuda do Governo do Estado para investimento em tratamento e melhoria da rede de abastecimento de Belém.
Ducimar teria feito isso pensando na privatização da água. Almir privatizou a Celpa.
Deu no que deu.


Perguntar não ofende

E como vai a relação de Mário Couto com Simão Jatene depois das férias ?


Boa pergunta

Por que não cobram também de Artur Virgílio e de Efraim?

Poupado pela imprensa que o apresenta como paladino da moralidade no Senado, o caso de Artur Virgílio é o mais grave. Ele deve responder como réu confesso por quatro ilícitos: nomeação de seu professor de jiu-jitsu; de toda uma família em seu gabinete - sendo que um dos integrantes desta era funcionário fantasma e estudava na Europa durante dois anos; pelo pagamento do tratamento de saúde de membros de sua família pelo Senado, uma despesa de R$ 700 mil; e pelo empréstimo ilegal de USS 10 mil que tomou junto a Agaciel Maia, ex-diretor-geral do Senado, para pagar despesas de seu cartão de crédito internacional em Paris.

Outro cujas "peripécias" são esquecidas pela imprensa é o Senador Efraim Morais. Se Sarney está sendo crucificado, Efraim também tem que responder - e como tem que explicar!

Ele deve esclarecimentos pelas licitações suspeitas que comandou na 1ª Secretaria do Senado; pelo aumento de seu patrimônio; pelo rombo de R$ 30 milhões que provocou com uma só concorrência aos cofres da Casa; pela contratação de 13 parentes, inclusive filha e genro, em seu gabinete; e pela nomeação de 52 cabos eleitorais pagos pelo Senado para fazerem política para ele na Paraíba e em Brasília.
( Zé Dirceu)
Postado por blog do bacana

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