sexta-feira, 29 de janeiro de 2010

Cidade V.s Edilza Parte II eu quero e mais.





Resposta de Vicente Cidade:


Profª Edilza,


Em primeiro lugar reconheço sua contribuição ao governo de Ana Júlia, posto que não me referi a sua estada no governo com demérito, mas por aparelhamento também, aliás, como é comum de ocorrer, infelizmente.

Quanto à ausência dos mandatos de Bernadete e Zé Geraldo, vejo com naturalidade, uma vez que a disputa pelo Incra de Marabá, reflete na verdade uma disputa política entre os deputados e o atual gestor, que foi indicação desses parlamentares e que, por desavenças internas no próprio PT Pra valer, hoje estão em lados opostos. Ou seja, o Raimundo Oliveira está tentando mostrar força política para emplacar o seu sucessor, o que obviamente desagrada os mandatos, visto que o Incra é a máquina eleitoral de ambos.

A meu ver, não fere a democracia do partido, receber um militante que atua como gestor de uma importante instituição pública, que atua em parceria com governo do estado na região. Isto posto, se esse gestor é capaz de conduzir 17 prefeitos até o Gabinete da Governadora, demonstra algum poder de articulação, que não deve ser desconsiderado.

Por outro lado, não consta do estatuto do PT o "CORONELISMO" político, se o Raimundo Oliveira rompeu seu relacionamento político com o PT Pra Valer e, está disposto a se lançar candidato pela legenda, isso não é proibido. Logicamente que um candidato a deputado estadual vai procurar o apóio de uma candidatura Federal e vice versa. No PT é comum uma liderança desconte com uma tendência se aproximar de outra. Fato inclusive feito recentemente pela senhora, que ao sair da DS já se aproximou do Coletivo Solidariedade no Pará e a nível nacional do Tarso Genro, que é do Grupo Mudança.

Portanto Profª Edilza, não acho que a mágoa da Bernadete deva ter como alvo o Secretário Puty e sim o seu próprio "pupilo descontente". Não acho ético, e acredito que a senhora também não deva achar, que um movimento político seja rebatido com chantagem e inverdades como fazem os nossos caros deputados.
Em primeiro lugar, deveriam rebater o fato político com outro fato político e, em segundo, não trazer para o governo uma crise que é interna, criada e gestada por eles (PT Pra Valer), tentando creditar ao Secretário Puty uma cooptação política para justificar tal fato. Aliás, nós dois e toda região Sul e Sudeste do Pará sabemos que essa movimentação do Raimundo Oliveira já vem ocorrendo desde a candidatura da Bernadete para prefeita de Marabá, posto que entendiam que precisavam construir uma alternativa para o mandato da companheira Bernadete. O problema é que o Raimundo gostou da idéia e a companheira não se elegeu.

Por fim, discordo de sua análise quanto ao conceito de militante evocado, primeiro porque é notória a passagem do Secretário Puty pelo movimento estudantil (secundarista e acadêmico) e também porque é filiado ao PT desde dos 16 anos de idade. Aliás essa militância pode ser afiançada por companheiros como Maurílio, Marcílio, Ana Júlia, João Índio, Botelho e tantos outros. O fato de ter ficado oito anos no exterior se qualificando academicamente, não quer dizer tenha perdido a sua identidade e história de militância, motivo pelo qual hoje é reconhecido como um expoente no governo e no partido, estando portanto muito qualificado para assumir o desafio de representar o partido e Pará na Câmara Federal.

No mais, atendendo ao seu chamado, vamos continuar debatendo companheira!!

Saudações Socialistas,
http://www.vicentecidade21.blogspot.com/

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