sexta-feira, 14 de janeiro de 2011

JATENE – Lambanças em série

Em comentário anônimo, mas com as digitais da tucanagem, pondera-se que é muito cedo, cedo demais, para cobrar resultados do novo governo, que traz de volta ao proscênio político do Pará o tucano Simão Jatene (foto), agora em seu segundo mandato, depois de ter governado o Estado de 2003 a 2006. Nada a opor, diga-se logo. Nesta sxta-feira, a nova administração Simão Jatene chega ao seu 14º dia. E o governador eleito merece, sim, o benefício da dúvida, a despeito do caráter nada edificante de alguns dos seus antecedentes. São antecedentes que vão do mais escandaloso nepotismo, na promiscuidade própria da cultura patrimonialista, a uma repulsiva leniência diante dos recorrentes indícios de corrupção, como os registrados na Sespa, a Secretaria de Estado de Saúde Pública, passando pelo escândalo do propinoduto da Cerpa, que regava a horta das tramóias tucanas. A propaganda enganosa, viabilizada pela pilhagem ao erário, escamoteou as mazelas do Pará real, o que justifica Jatene ter chegado ao fim do seu primeiro mandato com inusitados percentuais de aprovação.
Exatamente porque Jatene ainda está nos primeiros dias de seu segundo mandato, e porque não lhe falta intimidade com as imposições do exercício do poder, soa preocupante sua postura silente diante das sucessões de lambanças registradas nesses 14 dias de mandato, presumivelmente por conta e risco de alguns dos seus auxiliares mais diretos. Alguns desses figuram, no loteamento político da máquina administrativa, como indicações pessoais do governador, o que deixa Jatene em uma saia justa. Justíssima, para ser mais preciso. A não ser que, em sua compulsão pela pantomina, o governador esteja coonestando essa comédia de humor duvidoso.

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