quarta-feira, 3 de junho de 2009

BARATA DOIDA

BASTIDORES – Charles rebate as críticas
“Eu não fui seletivo e nem minimizei a influência de quem quer que seja, mesmo porque essas pessoas não são as responsáveis pelo que considero o problema nuclear do governo, apontado em minha crítica de cunho essencialmente político.” O desabafo é de Charles Alcântara (à esq., em foto do Diário do Pará), 46, ex-chefe da Casa Civil do Palácio dos Despachos, diante das críticas provocadas por suas manifestações, após desembarcar do governo Ana Júlia Carepa, do qual foi articulador político.Com base em questionamentos feitos por internautas em comentários anônimos, este blog encaminhou a Alcântara um elenco de 11 perguntas, por escrito, com a solicitação de entrevista, na última segunda-feira, 1º de junho. Na ocasião, ele pediu para refletir sobre o pedido e já na noite desta terça-feira, 2, remeteu, também por escrito, via e-mail, as respostas às indagações feitas. Da entrevista emerge um militante político comedido, talvez excessivamente prudente, seja pela ética da responsabilidade, que sugere lealdade em relação aos segredos de ex-aliados, seja pelas conveniências que permeiam as relações de poder.Seja como for, em respeito ao contraditório, a entrevista representa a oportunidade de Charles Alcântara se defender das críticas e oferecer sua versão sobre episódios nos quais foi personagem e/ou testemunha privilegiado. “A gravidade do momento não comporta leviandades e mesquinharias”, sublinha, certamente antecipando-se aos que lhe cobram um relato sem peias. E nega a pretensão de sair candidato nas eleições de 2010. “Eu tenho toda legitimidade – e estou no pleno gozo dos meus direitos políticos – para concorrer a quaisquer cargos eletivos, mas isto não faz parte dos meus planos”, acrescenta.

BASTIDORES – Perguntas que não querem calar
Segue, abaixo, o pingue-pongue com Charles Alcântara, que deixou o governo, segundo já declarou, após entrar em rota de colisão com o “núcleo duro” da atual administração. Este núcleo é formado pelos secretários de Projeto Estratégicos, Marcílio de Abreu Monteiro, ex-marido da governadora, e de Desenvolvimento, Ciência e Tecnologia, Maurílio de Abreu Monteiro, irmão de Marcílio, aos quais se somam Cláudio Alberto Castelo Branco Puty, chefe da Casa Civil; e Carlos Botelho da Costa, consultor geral do Estado. Alcântara volta à cena política na condição de presidente do Sinditaf, o Sindicato do Grupo Ocupacional, Tributação, Arrecadação e Fiscalização da Secretaria de Estado da Fazenda.Em seguida, a entrevista com Charles Alcântara.O seu discurso, de críticas tímidas ao governo Ana Júlia Carepa, é etiquetado de oportunista. O senhor é acusado, por exemplo, de omitir a participação dos irmãos de Ana Júlia nos bastidores do governo. O que o senhor tem a dizer a respeito?As opiniões presentemente divulgadas eram defendidas por mim quando estava no governo. Lutei por elas com afinco, porém no âmbito estritamente interno ao governo, pois julgo impróprio, por razões éticas, dissentir publicamente sobre os rumos do governo quando se está no exercício de uma função pública que requer confiança política.Internamente sempre defendi as minhas posições, pois havia espaço para tal. Mas, externamente, sempre me conduzi com acatamento e disciplina.Oportunismo ou arrivismo seria abrir mão das minhas convicções e opiniões para manter-me no cargo, como fazem muitos. Aliás, foi justamente por que me mantive firme em minhas divergências que a governadora decidiu exonerar-me.Fui exonerado, portanto, porque entrei em choque com o chamado “núcleo duro” do governo, do qual jamais fiz parte, por não possuir os mesmos laços de amizade e afinidade com a governadora que o distingue – o “núcleo duro” – de todos os demais integrantes do governo.Por enquanto, nenhum integrante credenciado do governo contraditou as minhas declarações.Por fim, eu não conheço o bastante os irmãos da governadora para emitir opiniões acerca de suas condutas na esfera pública, a única que interessaria ao distinto público. Por outro lado, julgo sempre recomendável preservar a instituição familiar das odiosas garras da política rasteira e revanchista.Posso afirmar, contudo, que a governadora sempre foi ciosa de que não se deve misturar a esfera privada com a esfera pública. Não me consta, portanto, que haja qualquer interferência familiar nos assuntos de governo.Para os que recusam-se a imaginá-lo ingênuo, o senhor seria covarde ou dissimulado. Como o senhor se definiria?É claro que não sou ingênuo.Sou um militante político que vê a política não como uma profissão ou como um meio de locupletar-se ou levar vantagens. Faço política por que só a partir dela podemos interferir no mundo em que vivemos.A verdadeira política é transformadora, criadora de novas possibilidades, forjadora de novos horizontes para a humanidade.Como se vê, não sou ingênuo, nem tolo, nem anjo, nem demônio.Sou um cidadão que atua no mundo, que joga o jogo da vida e que assume a responsabilidade de bater o pênalti, correndo o risco de não fazer o gol e de ser hostilizado pela torcida, pois só perde pênalti quem se arrisca. Do mesmo modo, quem não se arrisca a bater o pênalti jamais experimentará a incomparável alegria de fazer o gol que é, ao mesmo tempo, o mais fácil e o mais difícil do mundo do futebol.Fiz muito pouco quando estive no governo; muito menos do que desejava e planejava. Mas me orgulho, sobretudo, do que não fiz.Não fui – e não sou - covarde, pois covardia é omitir-se, calar-se, subjugar-se, esconder-se, refugiar-se na escuridão do anonimato, fugir do sol, agir nas sombras e nas trevas, como fazem alguns títeres pagos com o dinheiro público para me atacarem anonimamente.Afinal, na sua leitura a governadora foi, ou não, desleal em relação ao senhor?É claro que a governadora não foi desleal comigo. Ela me exonerou por que a minha visão sobre o governo não convergia com a sua. Ora, se ela é a pessoa eleita pelo povo para governar, ela tem a autoridade e a prerrogativa inquestionáveis de formar a sua equipe e de exigir que essa equipe siga as suas orientações e encaminhe as suas determinações.Se há um auxiliar que não se enquadra em seu modo de governar, este auxiliar deve ser substituído. Foi o meu caso.O senhor é acusado, por seus desafetos, de utilizar o Sinditaf para pavimentar o caminho para supostas aspirações políticas. A acusação procede? O senhor pretende, mesmo, sair candidato a deputado, nas próximas eleições?Pelo menos eu não estou sendo acusado de nenhum ato de improbidade, não é mesmo?Exerço, hoje, a função pública mais honrosa de minha vida, que me foi delegada pela categoria a que pertenço, com muito orgulho.Eu tenho toda legitimidade – e estou no pleno gozo dos meus direitos políticos – para concorrer a quaisquer cargos eletivos, mas isto não faz parte dos meus planos, pois acabo de tomar posse na presidência do Sinditaf/PA para um mandato que se encerra somente em junho de 2011.Tenho por hábito honrar os meus compromissos, pois a política, para mim, não é arte da dissimulação e da enganação.A política pode – e deve - ser exercida com honra. E não há honra se não se cumpre a palavra.Seus desafetos políticos acusam-no também de incensar o ex-governador Jader Barbalho, manda-chuva do PMDB no Pará, mirando exatamente em suas supostas pretensões eleitorais. Qual a sua leitura sobre o ex-governador, seja como homem público, seja como aliado do PT?A imaginação humana não tem limites mesmo. Melhor assim!Quando me fizeram essa provocação, no curto período de existência do meu blog, disse – e sustento (com um acréscimo no final) – que o político Jader Barbalho não consta de minha lista de políticos que me servem de referência ou que me inspiraram a fazer política (como o são, por exemplo: Humberto e Iza Cunha).Não almejo, contudo, mudar (por que não é possível) a maneira de ser e de agir de Jader Barbalho, quando mal consigo mudar a mim mesmo.Mas, gostemos ou não, Jader é uma liderança política das mais influentes da história do Pará. E, por alguma razão, ele sobreviveu ao tempo e às mudanças e manteve-se estimado por uma parcela significativa do povo. Este mesmo povo que alguns arrogantes costumam chamar de ignorante, sobretudo quando não elege os candidatos que se lhe apresentamos como os seus redentores.Para muitos suas críticas são demasiadamente seletivas e estranhamente poupam personagens vitais no governo Ana Júlia Carepa, como o secretário da Fazenda, José Raimundo Barreto Trindade, e Maria Joana da Rocha Pessoa, a eterna caixa de campanha da governadora. Por que o senhor minimiza a participação de personagens tão vitais nas relações de poder estabelecidas no atual governo?Eu não fui seletivo e nem minimizei a influência de quem quer que seja, mesmo porque essas pessoas não são as responsáveis pelo que considero o problema nuclear do governo, apontado em minha crítica de cunho essencialmente político.Não me cabe arvorar-me a fazer acusações sobre a conduta ética deste ou daquele integrante do governo, porque isto me obrigaria – por imperativo moral e legal – a apresentar provas.A gravidade do momento não comporta leviandades e mesquinharias.Não se combate a corrupção, a meu ver, com bravata, demagogia, hipocrisia ou “murro na mesa”, mas com obstinação, devoção, renúncia e, principalmente, com compromisso político verdadeiro.Para alguns, o senhor poupa Joana Pessoa porque sua mulher trabalhou com ela, no Hangar. Para outros, parte de sua ira, em relação ao atual governo, deriva de sua mulher ter sido defenestrada do Hangar. O que há de procedente nessas ilações?A própria indagação já expõe uma profunda contradição. Ora poupo a Joana por que a minha mulher trabalhou com ela; ora estou irado com o governo em razão da saída de minha mulher do Hangar.Primeiramente, eu não estou com raiva ou magoado com o governo, portanto, não há qualquer razão para vingança ou coisa parecida.“Segundamente” (como diria o imortal Odorico Paraguassu), a minha mulher saiu do Hangar no final de setembro do ano passado, sem qualquer trauma e de forma dialogada com a Joana Pessoa, é claro que também por divergências.Ademais, somos, eu e minha mulher, pessoas resolvidas e felizes em nosso relacionamento e não nos deixamos contaminar por sentimentos mesquinhos, pois não há espaço em nossos corações para que eles floresçam.Sendo também uma militante política de longa data, a minha mulher sabe muito bem o quanto é responsável pelo que cativa e o quanto é necessário assumir as consequências das escolhas que faz.Sobre seus depoimentos a respeito da Sespa, criticam-no por omitir supostas pressões de irmãos da governadora para beneficiar determinados lobbys, assim como acusam-no de ter tramado para fazer de seu sogro, o médico Walter Amoras, secretário adjunto. O que o senhor tem a dizer sobre isso?Essa é a descrição de um homem frio e calculista. E eu conheci alguns em minha vida.Foi importante conhecê-los, pois aprendi a defender-me deles.Não posso falar sobre o que chamam de “pressões de irmãos da governadora...”, pois as ignoro e as considero fantasiosas.O meu sogro não precisaria de trama para assumir a secretaria-adjunta da Sespa, pois é um homem honrado, competentíssimo e comprometido com a saúde pública.Não há mácula em sua biografia e em sua vida pública.A sua saída foi uma perda para a Sespa e não se deu por ele ter sido omisso, incompetente, desonesto ou desleal.Tenho muito orgulho de ser seu genro.Criticam-no ainda por se omitir diante da suposta ascendência, na Sespa, de um certo Felipe Alves, de quem dizer ser condenado de Justiça e a quem é atribuída a condição de prepostos de irmãos da governadora.Mal conheço esse rapaz.Tive, com ele, raros contatos, sempre breves e superficiais.Nas raras vezes que o vi, estava na companhia do Halmélio (Sobral, ex-secretário de Saúde), a quem auxiliava.Nada sei a seu respeito.Seria o caso de dirigir essas indagações a quem o conhece, não acha?O psicólogo Paulo de Tarso, que teve uma breve passagem pela Sespa, como secretário adjunto, é de fato, como dizem, o responsável pela suposta orquestração destinada a implodir o PMDB na área de saúde e aplainar o caminho para deixar o setor, e seus volumosos recursos, em mãos da DS?Não considero crível essa assertiva.Ao senhor é atribuído a costura que tornou a médica Laura Rossetti presidente do Ophir Loyola, em detrimento do médico Vitor Moutinho, que seria o nome indicado pelo PMDB. Essa versão é verdadeira ou é meramente fantasiosa?Nada tenho a ver com a indicação de Laura Rosseti para aquela unidade de saúde e, muito menos, com qualquer veto ao médico citado.Posso afirmar, todavia, que a indicação de Laura Rossetti para a Sespa deu-se por iniciativa política da governadora, homologada posteriormente pelo PMDB.

SEDURB – O destino de Suely Oliveira
Perdura a incógnita sobre o destino da ex-vereadora Suely Oliveira (foto, à dir.), a quem os luas-pretas da governadora Ana Júlia Carepa pretendiam remover da Sedurb, a Secretaria de Desenvolvimento Urbano, e transferir para a Seir, a Secretaria de Integração Regional, em substituição a André Farias. A este pretendiam impor a humilhação de passar a condição de secretário adjunto.O que se sabe, por fontes do próprio Palácio dos Despachos, é que a pretensão dos luas-pretas foi arquivada, mas não necessariamente deletada, diante da atmosfera de conflagração no interior da DS. A DS vem a ser a Democracia Socialista, a facção do PT integrada por Ana Júlia e que monopoliza o comando do atual governo.
O que conspira contra Suely Oliveira, dizem abertamente nos bastidores do PT, é sua pretensão em sair candidata a deputada federal, nas eleições do próximo ano. Para tanto, segundo a versão corrente, ela contaria com o apoio da maioria da militância da DS. O que teria irritado os luas-pretas de Ana Júlia Carepa. Seja como for, falam ainda que ela não só postularia a candidatura à Câmara Federal, como tambémse recusaria a assumir a Seir, se o preço político for desalojar do governo André Farias, ou eventualmente deixá-lo em uma situação constrangedora.


SEDURB – O porquê da mudança
Nos bastidores petistas especulam que a idéia de ejetar Suely Oliveira da Sedurb decorreria da preocupação de mantê-la distante de uma secretaria de grande potencial eleitoral, diante da sua pretensão de sair candidata à Câmara Federal, em 2010.Como essa é também a pretensão de Cláudio Alberto Castelo Branco Puty, teria brotado a preocupação de que Suely possa atrapalhar os planos reservados para o irascível chefe da Casa Civil. A candidatura de Puty, ao que consta, tem o endosso do secretário de Projetos Estratégicos, Marcilio de Abreu Monteiro, ex-marido da governadora e considerado a eminência parda do atual governo.


SEIR – André Farias ainda mantém o cargo
Pelo que vazou sobre as mudanças pretendidas, não só Suely Oliveira recusa-se a desalojar da Seir André Farias, como este se manteria irredutível em rejeitar a idéia de ficar como secretário adjunto.Com isso, Farias se manteria à frente da Seir. “Até quando, só Deus sabe!”, desabafa um petista histórico, crítico ácido das mudanças pretendidas.


SEDUC – Caos também no feudo de dona Bila
O caos na Seduc, a Secretaria de Educação, não chega a ser novidade e nem se deu a partir do atual governo. Mas nem por isso deixa de chamar atenção, porque na secretária foi alojada Iracy de Almeida Gallo Ritzmann, a Bila, cuja nomeação suscitou expectativas, pela simples credencial que a distinta senhora exibia, como ex-pró-reitora de Administração da UFPA, a Universidade Federal do Pará.Mas a presença de dona Bila na Seduc não representou, pelo menos até agora, qualquer avanço

SEDUC – Faltam carteiras na escola Batista Campos
Uma evidência de que perdura incólume o sucateamento da rede estadual de ensino público, a despeito de Iracy de Almeida Gallo Ritzmann, a dona Bila (à esq., em foto do site do governo), é verificada na Escola Cônego Batista Campos, no bairro da Cabanagem, aqui mesmo, em Belém.Na escola, em uma das turmas da 4ª série de ensino fundamental, os alunos foram divididos em dois grupos, cada um dos quais só tem aulas em dois dias da semana. Foi a solução encontrada pelos professores, para evitar que os estudantes assistam aula no chão, já que o número de carteiras escolares é menor que o contingente de alunos.
Dona Bila, segundo a versão corrente, mantém na Seduc a mesma postura imperial com a qual se notabilizou na UFPA, onde era uma das favoritas do magnífico reitor, o aristocrático Alex Bolonha Fiúza de Melo, do qual foi chefe de gabinete e por ele posteriormente nomeada pró-reitora de Administração. Mas, apesar da responsabilidade do seu atual cargo, a UFPA permaneceria como prioridade para Bila. Nas recentes eleições para reitor da UFPA, ela teria sobrestado a Seduc, para se engajar, de corpo e alma, na candidatura da professora Regina Feio, apoiada por Fiúza de Melo, mas mesmo assim derrotada, no voto direto, pelo professor Carlos Maneschy

ALEPA – Desafio de Bordalo faz Bira amarelar
Sempre pródigo em bravatas e mise-em-scène, o deputado Bira Barbosa (PSDB) acabou amarelando nesta terça-feira, 2, diante do desafio que lhe foi feito pelo deputados petista Carlos Bordalo.Aproveitando-se da presença dos professores da rede estadual pública de ensino nas galerias da Alepa, a Assembléia Legislativa do Pará, Bira solidarizou-se com a greve da categoria e danou-se a vociferar contra o governo Ana Júlia Carepa, ao qual acusou de descaso para com a educação. De imediato, Bordalo solicitou um aparte e desafiou o parlamentar tucano para um debate entre os dois, sobre educação no Pará, dentro de um tempo de 40 minutos para cada um dos dois deputados.Acovardado diante do repto de Bordalo, o neotucano Bira recolheu a viola no saco, como se diz, e tratou de sair de fininho, sem aceitar o desafio que lhe foi feito pelo parlamentar petista.


ALEPA – Quem é Bira Barbosa, O Fujão
O neotucano Bira Barbosa, que se acovardou diante do desafio do petista Carlos Bordalo, está se notabilizando, na atual legislativa, pela bravata com que costuma pontuar o caráter demagógico de suas intervenções, sempre que dispõe de platéia.Originalmente petista, ele fez carreira e ganhou projeção parlamentar no PMDB, partido no qual permaneceu por longos anos, revelando-se um fiel escudeiro do ex-governador Jader Barbalho, o morubixaba da legenda no Pará. Quando a biruta do poder apontava para o tucanato, ele migrou para o PSDB, no governo do tucano Simão Robison Jatene, e foi tragado pelo desastre eleitoral amargado pela nova legenda em 2006, acabando na vexatória condição de suplente. Bira retornou à Alepa diante da eleição, para conselheiro do TCM (Tribunal de Contas dos Municípios do Pará), do então deputado Cezar Colares.Durante a administração Simão Jatene, como líder do governo na Assembléia Legislativa, ele acionou o rolo compressor da tucanagem, para impedir a instalação da CPI da Pedofilia, defendida pela então deputada Araceli Lemos (na época PT, hoje PSol), diante das graves denúncias de abuso e exploração sexual de crianças e adolescentes. As denúncias foram feitas por dom José Luiz Ascona, bispo do Marajó, e só agora, no governo Ana Júlia Carepa, a CPI foi instalada, expondo o drama provocado pela miséria humana que representam a pedofilia e a prostituiçãoO Marajó, sempre presente nas denúncias sobre abuso e exploração sexual de crianças e adolescentes, vem a ser o principal reduto do camaleônico Bira Barbosa, que passa a ser também conhecido, desde sua fuga ao debate para o qual foi desafiado por Carlos Bordalo, como Bira, O Fujão.

SEDES – Eutália em queda livre
Fonte do próprio Palácio dos Despachos assegura que é uma questão de calendário Eutália Barbosa Rodrigues (à esq. em foto do site do governo) ser defenestrada da Sedes, a Secretaria de Estado de Assistência e Desenvolvimento Social, como parte da dança das cadeiras que movimenta os bastidores do governo Ana Júlia Carepa. A mesma fonte acrescenta que Eutália ainda permanece secretária por absoluta falta de quem se disponha a assumir a Sedes. Ela própria, dizem, já não oculta seu desalento.Eutália Barbosa Rodrigues, recordando, é uma obscura assistente social , pinçada do Tocantins e que desceu de pára-quedas na Sedes, com a tarefa de substituir a professora Ana Maria Barbosa, uma das maiores autoridades no Brasil em matéria de políticas públicas para deficientes, categoria da qual ela faz parte. A maior credencial exibida por Eutália para o cargo são seus laços com a DS, a Democracia Socialista, a tendência do PT minoritária nacionalmente e no Pará, mas que comanda a máquina administrativa estadual, pela singela razão de ter como integrante a governadora Ana Júlia Carepa. Habitualmente arrogante com seus subordinados, ela é criticada por ser servil ao chefe da Casa Civil, o irrascível Cláudio Alberto Castelo Branco Puty, o articulador político do governo, execrado, por sua prepotência, pelos próprios membros da base de sustentação parlamentar do Palácio dos Despachos.


SEDES – Desgaste crescente
Segundo a versão que varre os bastidores, na avaliação do próprio Palácio dos Despachos a situação de Eutália Barbosa Rodrigues soa insustentável, diante do crescente desgaste interno da atual administração da Sedes. Na secretaria, hoje, medra com vigor a cizânia, da qual decorre o imobilismo.Acossada por freqüentes queixas do corpo técnico, que se insurge contra o autoritarismo de alguns dos seus diretores, Eutália, dizem, está no limite do estresse. Juntamente com ela, falam também, é grande o desgaste da diretora de Assistência Social, Antonieta Santos, a Nieta, uma assistente social reconhecidamente competente, mas descrita como em permanente crise de autoridade e intratável na relação com seus subordinados.


SEIR –André Farias dribla a degola
As divergências internas na DS, a Democracia Socialista, que vem a ser a tendência do PT da qual faz parte a governadora Ana Júlia Carepa e que dá as cartas no governo, aparentemente garantiram a permanência de André Farias como secretário de Integração Regional. Não se sabe, em verdade, se permanência ou sobrevida.A pretensão dos luas-pretas da DS, com o aval de Ana Júlia Carepa, era transformar Farias em secretário adjunto, para substitui-lo por Suely Oliveira, atual secretária de Desenvolvimento Urbano. Consultado pela própria governadora a respeito, Farias rejeitou a idéia.

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