terça-feira, 26 de maio de 2009

BARATA A PRAGA !!!

Segunda-feira, 25 de Maio de 2009

CRISE – Líder do governo antecipa mudanças
Em entrevista à imprensa, o líder do governo na Assembléia Legislativa, deputado Airton Faleiro (PT) (à esq., em foto do site da Alepa), antecipou formalmente algumas das mudanças, consumadas ou em curso, na equipe da governadora Ana Júlia Carepa. As mudanças anunciadas pelo parlamentar se referem à cota petista no governo Ana Júlia Carepa, que protagoniza uma queda-de-braço com o PMDB, cujo manda-chuva, o ex-governador Jader Barbalho, reivindica mais espaço para o partido na máquina administrativa estadual.Faleiro confirmou mudanças já sabidas, como na Segov (Secretaria de Governo), e outras já antecipadas, como na Sema (Secretaria de Meio Ambiente) e na Secom (Secretaria de Comunicação), além de outra previsível, como no caso do Banpará (Banco do Estado do Pará S/A). Mas também antecipou que deverão ocorrer mudanças na Segup (Secretaria de Segurança Pública), até então excluída das especulações, e até em uma certa Comissão de Portos e Hidrovias, bem como anunciou a antecipação de mudança na Escola de Governo, cuja diretora geral, Edilza Joana de Oliveira Fontes, a Cuca, amiga pessoal e comadre da governadora Ana Júlia Carepa, é declarada pré-candidata a deputada federal em 2010, pelo PT.


CRISE – A troca de guarda na Segov e Sema
Segundo Faleiro, a Segov ficará sob o comando de Edílson Rodrigues de Souza, até aqui presidente do Banpará. Ana Cláudia Duarte Cardoso, atual secretária de Governo e fiel escudeira de Cláudio Alberto Castelo Branco Puty, o arrogante chefe da Casa Civil, ficará como secretária-adjunta, nas cirunstâncias uma situação algo vexatória. No Banpará, com a remoção de Edílson Rodrigues de Souza para a Segov, este será substituído por Noêmia Jacob.Na Sema, também segundo Faleiro, ainda não definiram o nome do substituto do atual secretário, Valmir Gabriel Ortega, envolvido em denúncia de corrupção na secretaria. Mas Ortega será mantido na Sema, porque sua permanência seria considerada importante, pelo Palácio dos Despachos, para preservar as conquistas supostamente obtidas na área de política ambiental.

CRISE – As dúvidas em torno da Secom
Para a imprensa, Faleiro admitiu o que os jornais e blogs já anteciparam, que é a substituição do professor Fábio Fonseca de Castro, secretário de Comunicação. O atual titular da Secom exibe um brilhante currículo acadêmico mas revelou, conforme a crítica corrente, pouco afinidade com o dia-a-dia do jornalismo.Para o lugar de Fábio, de acordo com o líder do governo, são cogitados três nomes. Um é o de Paulo Heineck, marketeiro da campanha de Ana Júlia Carepa nas eleições de 2006. Outro é o de Regina Lúcia Alves de Lima, presidente da Funtelpa (Fundação de Telecomunicações do Pará), de perfil acadêmico e cuja intimidade com o exercício do jornalismo se resume a se fazer passar por jornalista, quando estudante, a pretexto de ser, na sua definição, “jornalista ideológica”, o que ocorreu no congresso de fundação da CUT, a Central Única dos Trabalhadores, o braço sindical do PT, no início dos anos 80 do século passado. O terceiro nome cogitado é Paulo Roberto Ferreira, um petista de conveniência, que foi diretor da TV Cultura, da qual foi defenestrado após entrar em rota de colisão com Regina Lúcia Alves de Lima, a atual presidente da Funtelpa, cargo que postulou após a vitória de Ana Júlia Carepa em 2006. Quando foi nomeado diretor da TV Cultura, ele não dispunha de qualquer intimidade com mídia eletrônica. Sua experiência prática anterior fora com mídia impressa, ao ser repórter e, por breve período, chefe de reportagem de O Liberal, o principal jornal do grupo de comunicação da família Maiorana, do qual saiu para ser assessor parlamentar, figurando inclusive na lista dos marajás da Assembléia Legislativa. A lista foi divulgada pelo então governador Hélio Gueiros, no início do seu mandato, que se estendeu de 1987 a 1991.


CRISE – A vida pregressa de Paulo Roberto Ferreira
Paulo Roberto Ferreira (à dir., em foto do site do governo) é íntimo do publicitário Orly da Costa Bezerra, o marketeiro-mor da tucanagem nos 12 anos de sucessivos governos do PSDB. Na época, Paulo Roberto manteve uma empresa que fazia clippings para o Palácio dos Despachos e cotejava, estatisticamente, os espaços concedidos pelos jornais ao PSDB e ao PT.No PT, do qual é originário e a cujo ninho retornou após a derrocada do tucanato, ele é afilhado político do deputado federal Paulo Rocha, um dos mensaleiros petistas, do qual seria inclusive contraparente, e do deputado estadual Valdir Ganzer, atual secretário de Transportes, protagonista de uma administração calamitosa na Setran (Secretaria de Transportes). Quando administrou a gráfica da SPDDH (Sociedade Paraense de Defesa dos Direitos Humanos), nos anos 80 do século passado, Paulo Roberto ficou célebre por ter como ilustre cliente o então major Sebastião Moura, o major Curió, ícone da ditadura militar e figura de proa da repressão política nos anos de chumbo, especialmente durante a guerrilha do Araguaia, promovida pelo PC do B. Curió chegou a se eleger deputado federal pelo PDS, o partido de sustentação política do regime militar, e se valeu da gráfica da SPDDH, nas mãos de Paulo Roberto Ferreira, para imprimir seu material de campanha.
O relato sobre o episódio acerca da inusitada relação entre o petista Paulo Roberto Ferreira e o major Curió, está no livro sobre o assassinato do ex-deputado Paulo Fonteles (ex-PMDB, então PC do B), Contido a Bala, de Luiz Malklouf Carvalho. Um jornalista de competência e experiência comprovadas, que fez carreira na grande imprensa brasileira e nela continua militando, Maklouf é também um escritor nacionalmente conhecido, autor, dentre outros livros de sucesso, de Já Vi Esse Filme, sobre reportagens e polêmicas envolvendo o presidente Lula.


CRISE – Quem é Paulo Heineck
Paulo Heineck, um dos nomes oficialmente cogitado para a Secom, foi o responsável pelo marketing eleitoral da vitoriosa campanha de Ana Júlia Carepa ao governo do Pará, nas eleições de 2006. Ele é vinculado ao comando nacional da DS, a Democracia Socialista, a tendência interna do PT na qual milita a governadora Ana Júlia Carepa. No atual governo ele tem, dentre seus interlocutores privilegiados o publicitário Francisco Oliveira, o Chiquinho do PT, dono da Vanguarda, uma agência de publicidade que prosperou durante os dois mandatos de Edmilson Rodrigues como prefeito de Belém. Chiquinho mantém uma relação ambivalente com a governadora e sua entourage, que se desenrola sob reservas mútuas.Heineck descartou a possibilidade de integrar o governo Ana Júlia Carepa porque sua família reside em Brasília, onde sua esposa tem um vantajoso e estável emprego. Por isso, para muitos soa inimaginável vê-la trocar a estabilidade do Distrito Federal por algo incerto como um cargo em um governo de uma terra que lhe é estranha, o que faria Heineck resistir a idéia de trocar Brasília por Belém. Além disso, pelo que é dito nos bastidores, embora diplomático, ele tem uma visão muito crítica sobre as lambanças da governadora e sua trupe. Assim, pelo próprio distanciamento que mantém das disputas paroquiais, não se revelaria permeável à idéia de se sujeitar aos caprichos e estultícias políticas do Palácio dos Despachos, dominado pelo círculo mais íntimo de Ana Júlia Carepa.


CRISE – Os amigos íntimos de Ana Júlia
O círculo íntimo de Ana Júlia Carepa, capaz de influenciá-la e até por ela decidir, é basicamente constituído por Marcílio de Abreu Monteiro, secretário de Projetos Estratégicos e ex-marido da governadora, tido e havido como a eminência parda do governo; Maurílio de Abreu Monteiro, irmão de Marcílio e secretário de Desenvolvimento Ciência e Tecnologia; e Maria Joana da Rocha Pessoa, a manda-chuva do Hangar, o centro de convenções do Estado, ex-mulher de Maurílio e amiga pessoal de Ana Júlia, da qual é também a eterna caixa de campanha.Marcílio de Abreu Monteiro foi citado, na CPI da Biopirataria, como chefe do esquema de desmatamento ilegal no Pará, que seria turbinado por um propinoduto mantido pelos madeireiros, de acordo com a revista Veja. “Embora um acordo costurado entre parlamentares tenha poupado Ana Júlia e seu ex-marido de um pedido de indiciamento no relatório, a investigação da CPI esbarrou em uma série de indícios comprometedores para a dupla”, salientou a revista. A CPI da Biopirataria também identificou quase uma centena de chamadas de Maria Joana para empresas suspeitas de integrar o esquema de desmatamento ilegal no Pará. “Obtida a quebra do sigilo da funcionária, descobriu-se que, apenas em 2004, ela havia movimentado, em duas contas, uma quantia superior a 2 milhões de reais. O valor é dezesseis vezes mais alto do que a renda anual que Maria Joana declarou à Receita Federal: 124.800 reais”, revelou Veja, ao denunciar a maracutaia, em noticiário ecoado também pela TV Globo, na época.


CRISE – Setran, Detran e Sespa
Sobre a Setran, alvo de freqüentes denúncias de corrupção e desmandos administrativos do secretário Valdir Ganzer, Airton Faleiro descartou qualquer mudança imediata, a exemplo do Detran (Departamento de Trânsito do Estado do Pará). Ter sido aparentemente adiada uma mudança na Setran certamente deixa o líder do governo aliviado, porque, se Valdir Ganzer for defenestrado da secretaria, possivelmente retomará sua vaga na Assembléia Legislativa, desalojando Faleiro, suplente do deputado que, por insondáveis mistérios, se tornou secretário de Transportes, sem nenhuma qualificação para o cargo, estritamente técnico.Faleiro – suspeito de ser um dos beneficiários do propinoduto dos madeireiros que prosperam com a devastação ilegal da floresta amazônica - nada disse sobre o desfecho da troca de guarda na Sespa (Secretaria de Saúde Pública), diante da demissão, a pedido, da secretária Laura Rossetti. Ele não esclareceu se a médica Laura Rossetti, como é especulado, será substituída pela secretária adjunta, Daniela Cavalcante, uma nutricionista, descrita como arrogante e intratável, cuja maior realização, além de humilhar os subordinados, seria ter empregado na Sespa o próprio marido, um engenheiro tido, tal qual a mulher, como um profissional de competência duvidosa.

CRISE – Silvia Comaru substituiria Laura Rossetti
Segundo fonte privilegiada, a coordenadora da Câmara de Setorial de Políticas Sociais do governo Ana Júlia Carepa, Silvia Comaru (à esq., de blusa preta, em foto do site do governo), deverá substituir Laura Rossetti na Sespa.Se confirmada, a informação corrobora o que antecipou este blog, em 30 de outubro do ano passado. Naquele dia, em postagem festa às 19h51, este blog já antecipara a substituição de Laura Rossetti por Silvia Comaru, em notícia que abaixo transcrevo. A notícia merece um reparo: nela é atribuída ao ex-governador Jader Barbalho a indicação de Laura Rossetti, na verdade, como hoje se sabe, uma escolha de responsabilidade pessoal da governadora Ana Júlia Carepa.“A atual secretária estadual de Saúde, Laura Rossetti, foi indicada pelo ex-governador Jader Barbalho, em nome do PMDB. Ela seria substituída pela médica Silvia Cumaru, coordenadora da Câmara Setorial de Políticas Sociais, por indicação da DS, a Democracia Socialista.“A DS, repetindo, é a corrente minoritária do PT, da qual faz parte a própria governadora e que, por isso, detém o comando da máquina administrativa estadual. Quase todo o primeiro escalão do governo Ana Júlia Carepa é monopolizado pela DS.”


CRISE – Os bastidores da corrupção
Merece igual destaque outro comentário anônimo, que trata dos bastidores da corrupção que, segundo denúncias, medra com vigor na Sema. Por isso a decisão de conferir-lhe o destaque. Sem esquecer, naturalmente, o benefício da dúvida que devem merecer todos os suspeitos de envolvimento citados na denúncia.“Barata, vou dar um dica das relações que devem ser esclarecidas dentro da SEMA. Quando o Diário do Pará fala do esquema de pessoas que mudaram de lado do balcão, estão falando do ex-todo poderoso diretor da DCQA Marcelo Aiub, isso mesmo, o gaúcho agora é proprietario da Floresta Engenharia, empresa de consultoria em licenciamento localizada em frente ao Santuário de Fátima. Pois bem, o atual diretor da DCQA, o também gaúcho Paulo Alves, foi trazido ao Pará pelo Marcelo Aiub, na época diretor. Paulo Alves, veio primeiro como consultor particular do AIUB no licenciamento da Termoelétrica da Vale em Barcarena. Com a queda do Marcelo Aiub na SEMA, o ‘consultor’ foi alçado ao cargo de diretor pela dupla Ortega e Marcelo Françoso (o adjunto apagado). Dai vem o esquema. Só passa na DCQA os processos que vierem com o carimbo da empresa do amigo e ex-diretor Marcelo Aiub (dividiram até a mesma casa), inclusive tendo uma triagem na ante-sala da DCQA realizado pelas ‘competentes’ ex assesoras do Aiub e atuais assesoras do Paulo Alves, Thabata e Célia.“Continuando os esquemas, vamos para a área administrativa. Existe um contrato com valores altíssimos entre a SEMA e uma tal de PM21 Consultores, empresa de consultoria do Paraná, que mantém apenas uma consultora, a pateta-mor Patrícia, que vive coletando dados fornecidos pelos servidores, mas que até hoje nunca chegou a nada de concreto. Essa empresa é do amiguíssimo do Ortega, o Sergio Marangoni, e ganha cerca de R$ 70.000,00 mês, apenas pra manter essa consultora na SEMA, mas o que está por trás disso é a complementação salarial da Diretora Admininistrativa-Financeira Leila, a louca.“E no apoio de todas as ações contamos com Érica (chefe de gabinete) Teresa (assesora-mor) e demais puxa-sacos.Continuando, ainda era bom verificar as relações com as ong's do tipo TNC, IMAZON E WWF.“Pois usando da bondade da Dra. Sônia, (diretora de área protegidas), sobre ordens o Ortega, estão torrando o dinheiro de compensação ambiental, e garantindo empregos a todos estrangeiros que se declararam donos da politica ambiental do estado do Pará.”

CRISE – Ligações perigosas
É fundamental naturalmente, não deixar de contemplar com o instituto da inocência presumida os nomes mencionados, mas não há como silenciar, diante da sua gravidade, sobre a denúncia feita a este blog, em torno das suspeitas de corrupção envolvendo a Sema.Um internauta, naturalmente em off, declara que seria importante investigar a relação, supostamente estreita, do atual diretor de Controle e Qualidade Ambiental, Paulo Alves, com o ex-diretor, Marcelo Aiub. Ambos são gaúchos e inclusive teriam compartilhado o mesmo imóvel no bairro da Pedreira. Hoje, segundo a fonte, o ex-diretor teria uma empresa de consultoria, a Floresta Engenharia, sob suspeita de ser beneficiária do tráfico de influência, diante da amizade entre Marcelo Aiub, o ex-diretor de Controle e Qualidade Ambiental, e o atual diretor, Paulo Alves. Este, inclusive, ainda de acoro com a mesma fonte, teria sido indicado para o cargo por Marcelo Aiub, seu antecessor e amigo.A relação promiscua seria mascarada, de acordo com essa denúncia, pela utilização de terceiros, em nome dos quais estariam processos de interesse da Floresta Engenharia, a empresa de consultoria de Marcelo Aiub. Um dos prepostos deste seria sua própria namorada, de nome Vanessa. Ele ainda contaria com a simpatia, na Sema, de uma assessora, identificada como Thabata.Com a palavra a auditora geral do Estado, Tereza Regina de Jesus Cordovil.


MEMÓRIA – Relíquia da maracutaia petista
Adesivo da maracatuaia petista, pela
qual militantes do PT facilitavam a
destruição da floresta, em troca de
propinas dos madeireiros. O adesivo
foi reproduzido pela Veja e também
mostrado pela TV Globo, na época.
Ele era o salvo-conduto que
permitia o livre transporte da
madeira extraída ilegalmente, em
caminhões nos quais eram afixados.

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