sábado, 23 de maio de 2009

Redução de plano de investimentos da Vale envolve projetos no Pará

O conselho de administração da Vale anunciou nesta quinta-feira (21) a revisão de seus investimentos de 2009 para US$ 9,035 bilhões, ante os US$ 14,235 bilhões anunciados em outubro do ano passado. Segundo comunicado, a revisão reflete basicamente variação de preço das moedas utilizadas pela empresa, revisão de custos de equipamentos e de implantação, atrasos associados principalmente à obtenção de licenças ambientais e simplificação ou mudança de escopo de alguns projetos. Os nove projetos da Vale desenvolvidos no Pará tinham investimentos previstos de US$ 3,368 bilhões. Com a revisão, o valor ficou em US$ 1,655 bilhão. O maior investimento em território paraense (e o segundo geral da empresa) será feito na expansão de Carajás para 130 milhões de toneladas de minério de ferro, em Parauapebas, com US$ 455 milhões, ante os US$ 798 anteriormente previstos. No total, esse projeto receberá US$ 2,478 bilhões, adicionando 30 milhões de toneladas amuais à capacidade atual. O projeto compreende investimentos na instalação de uma nova planta, composta por uma nova usina de britagem primária, unidades de beneficiamento e classificação e investimentos significativos em logística. A aquisição de equipamentos e as obras civis do quarto virador de vagões e pátios de estocagem estão em andamento. Início planejado para o primeiro semestre de 2011. Outro projeto de produção de minério de ferro é o de Serra Sul, em Curionópolis, com capacidade para produzir 90 milhões de toneladas anuais. A conclusão está prevista para o primeiro semestre de 2013. O investimento total é de US$ 11,297 bilhões. Para este ano, o investimento em Serra Sul foi revisto de US$ 675 milhões para US$ 233 milhões. Dos projetos previstos pela mineradora para o Pará, apenas a expansão adicional de Carajás em 10 milhões de toneladas de capacidade de minério de ferro teve a previsão de investimentos elevada entre outubro e maio, de US$ 84 milhões para US$ 85 milhões. O projeto envolverá investimentos para repotenciamento de uma planta a seco e aquisição de uma nova planta. Previsão de start-up para o segundo semestre de 2009. O Onça Puma, o primeiro projeto de níquel da Vale no Pará, teve uma redução de investimento em 2009 de US$ 597 milhões para US$ 435 milhões, dos US$ 2.297 bilhões previstos no total para o empreendimento. O projeto tem capacidade nominal de produção de 58.000 toneladas anuais de níquel contido em ferro-níquel, seu produto final. Conclusão originalmente planejada para o primeiro semestre de 2010, o start-up depende das condições de mercado. Outros projetos O Salobo, o maior dos cinco projetos de cobre da Vale em território paraense, terá capacidade de produção anual de 127.000 toneladas métricas de cobre contido em concentrado. Implantação em andamento em Marabá, com obras civis iniciadas. Conclusão prevista para o primeiro semestre de 2011. Com o ajuste, o investimento este ano caiu de US$ 459 para US$ 375, do total de US$ 1,152 bilhão. Mas a expansão já programada do empreendimento, de 127.000 para 254 mil toneladas anuais, terá menos investimento em 2009, de US$ 39 milhões para US$ 6 milhões. A crise mundial reduziu bastante o preço do cobre no mercado internacional. A conclusão da expansão de Solobo está prevista para 2013. Outro projeto da Vale com grande redução de investimento para este ano é o da CAP – Companhia de Alumina de Barcarena. A nova refinaria de alumina está localizada em Barcarena, ao lado da Alunorte. A planta terá capacidade de produção de 1,86 milhão de toneladas por ano, com potencial para futura expansão para até 7,4 milhões de toneladas. A conclusão do projeto está prevista para o segundo semestre de 2012. Para este ano estava previsto investimento de US$ 405 milhões, reduzido para US$ 36 milhões. No total a CAP deverá receber US$ 2,200 bilhões. A usina termelétrica a carvão mineral que a Vale procura implantar em Barcarena, com capacidade instalada de 600 MW, é o típico caso de revisão de investimento por causa da questão ambiental. A concessão da ANEEL foi recebida em julho de 2008, mas ainda é necessária a obtenção de licença ambiental para início de implantação. A previsão de conclusão é para o segundo semestre de 2011. Para este ano a revisão de investimento reduziu o valor de US$ 314 milhões para US$ 103 milhões. O total de investimento é de US$ 898 milhões. A revisão De acordo com o novo orçamento, serão investidos US$ 6,961 bilhões em crescimento orgânico, dos quais US$ 5,930 bilhões em projetos e US$ 1,031 bilhão em pesquisa e desenvolvimento (P&D). A Vale espera investir US$ 2,074 bilhões na manutenção das operações existentes. A maior parte dos recursos irá para a área de minerais não ferrosos, que receberá US$ 3,109 bilhões este ano. A estimativa de investimentos feita em outubro já previa maior aporte para este segmento, mas em volumes maiores, de US$ 4,785 bilhões. A seguir virá o setor de minerais ferrosos, com US$ 2,302 bilhões, contra US$ 4,179 bilhões na projeção divulgada em outubro. A logística receberá investimentos de US$ 1,858 bilhão, contra US$ 3,027 bilhões estimados anteriormente.

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