FolhaPreocupado com a má repercussão da última internação hospitalar de Dilma Rousseff, o PT decidiu divulgar uma pesquisa que encomendara para consumo interno.
Foi feita pelo instituto Vox Populi. Considerou cinco cenários. No melhor, Dilma ostenta 25% das intenções de voto. No pior, 19%.
José Serra, o tucano mais bem posto na pesquisa amealha 36% no cenário menos auspicioso. No embate direto com Dilma, sem outros contendores, vai a 48%.
A sondagem é nacional. Ouviram-se 2 mil pessoas entre os dias os dias 02 e 07 de maio. A margem de erro é de 2,2 pontos percentuais, para mais ou para menos.
O trabalho de campo foi fechado 13 dias depois de Dilma ter anunciado, em 25 de abril, que estava às voltas com o tratamento de um câncer linfático.
Vão abaixo os resultados da pesquisa:
- Cenário 1: com Dilma (PT), Aécio (PSDB), Ciro (PSB) e Heloisa Helena (PSOL)
Ciro: 23%
Dilma: 21%
Aécio: 18%
HH: 10%
Brancos e nulos: 19%
Comparando-se com pesquisa realizada pelo Vox Populi há um ano, em maio de 2008, Dilma subiu 10 pontos, Serra despencou 10 pontos e Ciro caiu 6.
- Cenário 2: Com Dilma, Ciro, José Serra (PSDB) e Heloísa Helena
Serra: 36%
Dilma: 19%
Ciro: 17%
HH: 8%
Branco e nulos: 19%
Comparação com maio de 2008: Dilma subiu 10 pontos; Serra caiu 10 pontos; e Ciro caiu 6 pontos.
- Cenário 3: Com Dilma, Aécio e HH. Sem Ciro
Dilma: 25%
Aécio: 20%
HH: 16%
Brancos e nulos: 40%
Não há levantamento anterior para comparação.
- Cenário 4: Com Dilma, Serra e HH. Sem Ciro
Serra: 43%
Dilma: 22%
HH: 11%
Brancoa e nulos: 24%
- Cenário 5: Só Dilma e Serra
Serra: 48%
Dilma, 25%
Brancos e nulos: 37%
O petismo ficou exultante. Estimava-se que Dilma só fosse roçar a casa dos 20% mais perto do fim do ano.
Decidiu-se divulgar os dados para acalmar os ânimos dos potenciais aliados e esfriar o diz-que-diz sobre "Plano B".
Na próxima semana, a cúpula do PT reúne-se em Brasília para trocar idéias sobre a pesquisa.
O otimismo é atenuado pelas incertezas que rondam o quadro de saúde de Dilma. Algo que vai perdurar pelo menos até o final de agosto.
Embora neguem, dirigentes do PT analisam alternativas à candidata oficial.
Dois nomes frequentam com maior intensidade os diálogos feitos a portas fechadas: o do ex-ministro Antonio Palocci e o do governador baiano Jaques Wagner.
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